Enviada em: 15/10/2017

O filme "Carrie, A Estranha" aborda as consequências graves do bullying na vida de uma adolescente norte-americana que se revolta e parte para a violência. Entretanto, tal situação, infelizmente, também é pertinente no Brasil, dados os constantes casos de perseguição e exclusão, principalmente na juventude. Assim, é imprescindível que atitudes sejam tomadas para atenuar o bullying, com o fito de garantir o desenvolvimento pleno dos futuros cidadãos.     Em primeira análise, é perceptível que, embora o bullying seja de difícil sinalização, suas consequências são problemas de saúde pública mundial, como depressão, bulimia e síndrome do pânico. Considerando que, conforme Aristóteles, o erro parte da ignorância, a sociedade peca em não encaminhar aos profissionais da saúde os jovens que dão sinal de sofrer com essa perseguição em razão da desinformação e do tabu que envolve o assunto. Isso porque os responsáveis pelos jovens não estão preparados para identificar sinais de possíveis desordens psiquiátricas e, por esse motivo, abrem-se precedentes para as doenças citadas anteriormente que, segundo a OMS, são vistas como o mal do século. Então, é fundamental que haja uma maior disseminação de informações para que, além da vítima, seus amigos e familiares estejam prontos para atenuar as consequências da agressão.        Outrossim, a gravidade da presença do bullying na juventude está em criar inclinações do cidadão a se tornar instável emocionalmente. Isso porque, segundo o psicólogo Freud, um indivíduo tende a repetir, quando adulto, os comportamentos observados por ele durante a infância e adolescência. Então, considerando que o bullying é comumente identificado como forma de violência verbal ou física e de exclusão social, a permanência desse tipo de agressão criará uma futura geração de agressores, impulsivos e preconceituosos. Mostra-se, portanto, necessário intervir nesse problema, principalmente quando tange as primeiras faixas etárias, evitando o prolongamento dos efeitos negativos desse.           Logo, os efeitos do bullying estão intrinsecamente relacionados às doenças psiquiátricas, como a depressão, e às lacunas na estabilidade emocional futura. Para que esse tipo de agressão não seja recorrente, o Ministério da Educação é incumbido de orientar os professores a reconhecerem sinais de bullying em sala de aula, por intermédio de palestras nas escolas. Também é tarefa dos grandes canais de TV alertar os responsáveis pelos jovens sobre os sinais de possível perseguição social, por meio de programas informativos, de forma que o encaminhamento das vítimas não seja tardio nem causador de doenças mais graves. Por último, ONGs devem prestar apoio às vítimas de bullying, a partir do atendimento psicológico gratuito nas comunidades, com o objetivo de minimizar os efeitos da exclusão social e impedir que crie-se uma tendência à instabilidade emocional.