Enviada em: 14/10/2017

O bullying na sociedade é muito presente. Isso deve ser enfrentado, uma vez que, diariamente, muitas pessoas são vítimas dessa questão. Neste sentido, nota-se que a agressão verbal e psicológica é fruto da insuficiência da lei somado à lenta mudança de mentalidade social.    É relevante abordar, primeiramente, o papel da lei nessa questão. Segundo Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, o bullying rompe essa harmonia, haja vista que embora já exista uma lei proibindo essa prática, é perceptível que esses insultos ainda ocorrem nas escolas nacionais. Desse modo, essa instituição torna-se uma das causadoras dessa questão: ao excluir minorias como portadores de doenças físicas e mentais, ou não punirem agressores de insultos, promove maior participação desse tipo de violência nesse ambiente.  Em decorrência disso, destaca-se a intolerância como impulsionador desse tipo de agressão. De acordo com Émile Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Seguindo esse raciocínio, observa-se que o bullying pode ser encaixado na teoria do sociólogo, uma vez que, se uma criança vive em uma família cercada de pessoas preconceituosas, tende a adotá-lo em função da convivência. Por conseguinte, a vítima dessa agressão pode ter queda nas notas, doenças psicológicas, como depressão, ansiedade e baixa autoestima. Assim, o fortalecimento do pensamento de que uma determinada minoria é inferior por ser diferente transmitido de geração em geração, funciona como forte base dessa forma de agressão, agravando o problema.  Torna-se evidente, portanto, que esse entrave social  é um problema que necessita de maior atenção governamental e que sua causa se baseia na discriminação de minorias. Desse modo, o governo em parceria com as escolas públicas pode trabalhar com psicólogos de rede pública a fim de promover mais respeito e igualdade de indivíduos com todas suas diferenças nesse ambiente, por meio de aulas temáticas, teatros e debates. Inclusive fazendo parcerias na saúde para que as vítimas dessa agressão façam um tratamento psicológico se necessário, assim as crianças e adolescentes serão respeitosos com as diferenças e irão transmitir esses aprendizados para as futuras gerações para que o fato social se transforme.