Enviada em: 18/10/2017

De acordo com o sociólogo positivista Auguste Comte, a sociedade se comporta como um organismo vivo, em que a burocracia estatal e os órgãos públicos são como sistemas de um corpo biológico. Sob essa ótica organicista, para manter a estrutura social coesa e saudável, é importante analisar que o "bullying" existe nas escolas brasileiras e é cruel para aqueles que sofrem. Nesse contexto, as causas do "bullying" ou, dita por alguns, "brincadeira", são raízes culturais históricas da sociedade de não aceitar o diferente, seja por cor, estética ou sexualidade.        Em primeiro plano, o "bullying" é histórico no mundo e no Brasil e afetou a vida de muitas pessoas que hoje são adultas e ainda afeta a vida de muitos jovens. Nesse viés, aqueles já adultos têm ruins sequelas, porque, parte deles, perdem autoestima e confiança em si, consequentemente, perdem saúde com problemas de depressão ou sedentarismo por se sentirem oprimidos à praticarem exercícios físicos. Assim, fica evidente a necessidade de combater o "bullying" na atualidade.           Outrossim, no Brasil, as "zoeiras" aos diferentes nas escolas possui viés preconceituoso vindo da geração mais velha, porque os adolescentes que hoje sofrem com as "brincadeiras" são alvos de preconceitos diversos da sociedade, como homofobia à comunidade LGBT, racismo a etnias minoritárias e machismo. Nessa perspectiva, como afirma o sociólogo Weber, o bullying é uma ação tradicional (ato relacionado a cultura, ou a tradição histórica) que deve ser mudado e debatido para gerar mudanças na vida de quem passa e sofre uma violência física e emocional constante.           Para melhorar o organismo social, portanto, sob a perspectiva do histórico de "bullying" nas escolas brasileiras, é necessário que o Ministério da Educação crie, nas instituições de ensino, palestras com a presença de psicólogos sobre os efeitos negativos do "bullying" na sociedade a fim de diminuir o número de casos no país. Ademais, as Parcerias Público-Privadas (PPPs) devem financiar campanhas publicitárias na TV sobre a importância de respeitar o próximo para evitar as "zoeiras" nas escolas.