Enviada em: 20/10/2017

No século XX, houve grandes transformações políticas, sociais e culturais. Muitas novidades como o avião, o automóvel, o cinema ou a teoria da relatividade de Einstein, originaram novos modos de vida e pensamento. Diante de tais fatos, no século XXI, muito se tem discutido sobre os efeitos do bullying no Brasil. Por isso, é preciso de um olhar mais apurado a respeito dessa forma de violência na sociedade, para descobrir as suas raízes.                 Segundo o filósofo Sigmund Freud, somos fruto do meio em que vivemos. Em vista disso, sendo a família protagonista na formação do sujeito, a partir de quando se tem um convívio em casa norteado de hostilidade, consequentemente, é refletido na construção de indivíduos agressivos. À guisa de exemplo têm-se as provocações em sala de aula ou até mesmo brigas de alunos em frente as escolas que são propagadas nas redes sociais, revelando o quanto os pais são fundamentais no que se refere a instrução dos filhos. Destarte, a população urge por campanhas que visem destacar o papel familiar na constituição do cidadão.                    Nesse enfoque, é importante frisar também acerca do histórico opressor existente no país, que atualmente pode ser visto pelas diversas maneiras de preconceito, seja de gênero ou racial e que, respectivamente, foram evidenciados em 1888 através da marginalização dos negros após a abolicão da escravatura e no atraso do reconhecimento de que a homossexualidade não é doença, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1950 . Posto isso, a dificuldade dos brasileiros de lidar com as diferenças, atingem os altos índices de práticas discriminatórias por intermédio de insultos, apelidos pejorativos que são comumente presenciados no cotidiano. Desse modo, trabalhar a mentalidade social é imprescindível para diminuir os casos de ataques físicos ou verbais no país.                      De acordo com René Descartes, todo problema que se resolve torna-se uma regra que, depois, serve para resolver outros problemas. Por analogia, cabe ao Governo Federal criar propagandas nas mídias que orientem as famílias sobre como a criação interfere no desenvolvimento das futuras gerações, no intuito de gerar a conscientização popular. Outrossim, o Ministério da Educação deve promover palestras nas comunidades, que demonstrem o que o assédio pode apresentar nas vítimas, afim de gerar reflexão e criticidade. Já a escola, à luz do conhecimento, deve inserir psicólogos para a melhor identificação dos casos, com o objetivo de enfrentar e combater o problema.