Enviada em: 21/10/2017

Na série de quadrinhos "Turma da Mônica", Cebolinha é um valentão que persegue e insulta Mônica através de apelidos pejorativos. Fora dos gibis, a prática do bullying ainda é uma realidade no Brasil, sendo suas maiores vítimas adolescentes e crianças, posto que o problema é indubitavelmente mais presente nas escolas. Dessa forma, é necessário que haja uma maior fiscalização de pais e professores, para a tomada de novas medidas que resolvam definitivamente a questão.    Segundo o filósofo Jean-Paul Sartre, a violência, independente da forma que se manifesta, é uma derrota. Assim sendo, no âmbito escolar o bullying é um dos vilões da adolescência que envolve 30% dos estudantes brasileiros, conforme os dados da revista Veja, seja praticando ou sofrendo a violência caracterizada por agressões físicas ou psicológicas, intencionais e repetitivas, contra uma ou mais pessoas. Destarte, o resultado é uma insegurança e medo que atrapalham o rendimento e não tornam o ambiente propício para aprendizado.     Por conseguinte, ainda que as testemunhas não sejam as protagonistas dos fatos, o silêncio e as risadas dessas pessoas reforçam o poder do agressor, haja vista que as intimidações acontecem, na maioria das vezes, sem o conhecimento de pais e professores. Ademais, o bullying traz consequências comportamentais, emocionais e sociais como transtornos de ansiedade, baixa auto estima, depressão, isolamento social, e em alguns casos, a vítima opta por soluções trágicas como suicídio ou vingança através de violência. Isto é, a prática acaba sendo comum e se torna o maior problema de convivência entre jovens.    Diante dos argumentos supracitados, medidas são necessárias para a resolução do impasse. De acordo com Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Logo, os professores precisam incentivar a solidariedade, a convivência e o respeito às diferenças por meio de palestras, trabalhos didáticos em grupo, e debates que conscientizem os telespectadores a mudarem seus comportamentos, fazendo com que os agressores percam o público, se sinta sozinho e desista das intimidações. E, também, os pais e/ou responsáveis precisam proporcionar um ambiente domiciliar seguro para os filhos, serem mais participativos na vida estudantil dos mesmos comparecendo às palestras, e aconselhando-os a não praticarem e tampouco serem omissos ao bullying. Outrossim, as mídias sociais devem divulgar campanhas de incentivo à tolerância e à paz. O diálogo é a melhor defesa contra esse tipo de violência.