Enviada em: 28/09/2018

A Terceira Revolução Industrial foi um marco na evolução tecno-científica. Paralelamente a isso, a Globalização possibilitou maior acesso à informação e aos meios de comunicação. Nesse sentido, o papel das redes sociais nas discussões políticas é de extrema importância, uma vez que é um meio de divulgar idéias e formar opiniões, além de influenciar diretamente o resultado das eleições com o compartilhamento de fake news, o que se configura uma chaga social.         Em primeiro lugar, a inclusão digital é notória em todo o mundo, graças à internet, que em menos de duas décadas surgiu e se popularizou. De acordo com dados vinculados a Revista Forbes (2016), o Brasil é o país da América Latina com maior número de usuários de redes sociais, o que corrobora a importância dessa ferramenta para a divulgação de propostas e ideais dos candidatos nas eleições de 2018. Consoante a  Aristóteles, o homem é um ser político, dotado de razão e tem como fim a "eudaimonia", felicidade esta alcançada por meio do discurso. Isto posto, o uso das redes sociais é uma forma eficaz de disseminação de idéias e, por conseguinte, manipulação de pessoas, principalmente daquelas que não têm acesso à educação de qualidade. Portanto, o Estado deve criar mecanismos que que atenuem essa realidade.       Outrossim, a dominação ideológica proposta por Karl Marx, cuja alienação acarreta na manipulação das pessoas a fim de atender aos interesses de um grupo, nesse caso, dos políticos, é notória na sociedade contemporânea. Nesse sentido, a disseminação de fake news é uma ferramenta poderosa de controle de dados e opiniões e precisa ser combatida no Brasil, uma vez que influencia diretamente a formação de concepções. A exemplo disso, tem-se as eleições presidenciais dos EUA, cuja divulgação de informes falsos  interferiram a corrida presidencial daquele país. Destarte, é preciso que o Estado garanta o combate à disseminação de notícias falsas.        Em suma, o Ministério da Educação, aliado a instituição familiar, deve proporcionar educação de qualidade a todos, mediante discussões, palestras e muito diálogo, a fim de desenvolver o uso da razão emancipatória proposta por Jürgem Harbermas, filósofo da Escola de Frankfurt, para então, tornar possível o exercício do senso crítico, com o intuito de facultar ao cidadão a autonomia necessária para interpretar as informações que lhes são passadas. Ademais, o Ministério das Tecnologias e Comunicação deve intensificar a fiscalização das redes sociais, por meio da captação de recursos financeiros para a criação de agências de monitoramento dessas mídias, a fim de minimizar o compartilhamento das fake news e, por conseguinte, a manipulação ideológica dos eleitores brasileiros.