Enviada em: 22/10/2018

Muito se tem discutido, em 2018, ano de eleição para presidente no Brasil, acerca do papel das redes sociais nas discussões políticas. Notadamente, esse meio de comunicação, que é um ambiente propício à livre troca de ideias, exerce fundamental importância no exercício da liberdade de expressão política. No entanto, devido à cultura da desinformação no país, esse intercâmbio de opiniões não é tão eficaz e prejudica o corpo político.       Primeiramente, a cultura da desinformação é aquela em que pessoas estão imersas num mundo com muito conteúdo disponível do qual não conseguem filtrar e gerar conhecimento sólido de forma que continuam desinformadas. Em segundo lugar, de acordo com o pensamento aristotélico, o ser humano é um animal político, ou seja, ávido por exercer a cidadania. Diante disso, no contexto atual, a maioria dos indivíduos é social, porém desinformada. Consequentemente, isso colabora para que a comunicação entre eles seja repleta de informações distorcidas e isso reflete na política.       A par disso, há aqueles que se aproveitam dessa desinformação para disseminarem as conhecidas fake news (notícias falsas, em inglês), com a finalidade de promover a agitação política. No entanto, em época de eleição, isso não colabora para uma discussão saudável entre eleitores. Segundo o filósofo Jean Paul-Sarte, os humanos estão condenados à liberdade, porém, também são responsáveis por seus feitos. Nessa mesma ideia de pensamento, quem dissemina falsas notícias, tem como resultado a desvalorização dos debates, sendo essa pessoa culpada por permear falsas informações e polêmicas relacionadas aos candidatos à presidência e às propostas deles.       Diante do exposto, medidas para amadurecer as discussões políticas em anos de eleição e evitar desentendimentos gerados pela desinformação são necessárias. Uma dessas é a de o Tribunal Superior Eleitoral investir em campanhas educativas, por meio de repasse de verbas da União, a fim de instruir à população a reconhecer notícias falsas e a não compartilhá-las. Além disso, devem incentivá-la à buscar sites confiáveis de pesquisa. Essas campanhas devem acontecer nas próprias redes sociais por intermédio de vídeos lúdicos ou cartazes. Dessa forma, esse meio de comunicação virtual poderá ser via segura para debates políticos.