Enviada em: 06/10/2018

A Revolução Técnico-Científica-Informacional é uma importante conquista para as as sociedades modernas. Apesar do seu caráter inovador, as novas tecnologias podem ser prejudiciais quando utilizadas de maneira incorreta, visto que, atualmente, o fluxo desmedido de informações pode ser responsável por manipular discussões políticas, bem como resultados eleitorais, o que pôde ser verificado nas eleições dos Estados Unidos de 2016. Isso explicita a necessidade de uma maior intervenção por parte do Poder Público e de setores socialmente engajados para que as redes sociais se tornem um ambiente propício para debates políticos que fomentem valores democráticos no Brasil.       Em primeira análise, as mídias sociais não só são plataformas que podem facilitar a comunicação política, mas também corroboram o usufruto de direitos constitucionais, como a liberdade expressão. Entretanto, a existência de uma polarização ideológica nesse tipo de ambiente virtual é um fator que prejudica o papel desse meio no pleito de 2018, visto que, mais do que um debate, os discursos políticos acabam por se tornar discursos que, disfarçados de liberdades constitucionais, incitam o ódio e a desmoralização. Destarte, esse tipo de de problemática provoca a desestabilização e o enfurecimento dos partícipes,o que enfraquece o papel democrático que as redes de socialização podem proporcionar.       Outrossim, ressalte-se, também, que a banalização e o compartilhamento de notícias de veracidade duvidosa são fatores que prejudicam a democracia do País e afetam ,consequentemente, o papel das mídias sociais nas eleições de uma nação. Isso posto, a existência de uma cultura passiva à informação por parte de alguns cidadãos é responsável por aumentar o compartilhamento de “fake news” nas redes sociais. Essa cultura, por sua vez, não só é consequência de falhas por parte do Governo no combate a esse tipo de ocorrência, mas também da ineficiência de instituições formadoras de valores críticos, como a escola e a família, o que contribui para o aumento da polarização nos meios sociais, estimulando os discursos extremistas em defesa de um ponto de vista.       Dessa maneira, urge que o Poder Público desestimule os discursos de cunho ofensivo nas redes sociais por meio de uma maior investigação e da punição cabível aos autores de comentários que extrapolam a liberdade de expressão. Assim, a polarização nas redes sociais será atenuada o que, por consequência, trará debates políticos mais úteis às eleições e à democracia brasileira.Ademais, cabe ao Ministério da Ciência,Tecnologia, Inovações e Comunicações realizar uma parceria com plataformas sociais, como o Google e o Facebook, com o fito de fomentar um senso mais crítico nessas plataformas, por meio da comparação de informações compartilhadas. Dessarte, as "fake news" serão identificadas e combatidas, proporcionando à sociedade informações úteis ao pleito eleitoral.