Enviada em: 09/10/2018

As redes sociais facilitaram as trocas de informações e abriram espaço para discussões pertinentes à vida pública. No entanto, no período eleitoral, é evidente que esses serviços de comunicação atuaram não só como meio de divulgação de projetos de governo, mas também para a propagação de notícias falsas na internet. Com isso, é fundamental analisar os prós e os contras do papel das redes sociais nas discussões políticas.  Por um lado, as redes sociais fomentam a publicidade das ações públicas, contribuindo para a democracia. Com o avanço dos meio de comunicação, fomentou-se a divulgação de informações no meio digital para pessoas de diversas regiões, além de projetos e programas de governo no período eleitoral. Dessa forma, é perceptível que as redes sociais promovem a transparência política, visto que informam a população sobre os interesses de cada candidato, facilitando a escolha do eleitor, além de servir como registro para cobrança de promessas de campanha realizadas nesse período, estimulando a participação popular nas políticas públicas.  Por outro lado, as notícias falsas podem influenciar na escolha do eleitor. Segundo levantamento do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação (Gpopai), da Universidade de São Paulo (USP), cerca de 12 milhões de pessoas compartilharam "fake news", isto é, notícias falsas no Brasil em junho deste ano. Com base nesses  dados, infere-se que a escolha do eleitor pode ser tendenciada a certos grupos, visto que as ''fake news'' se utilizam do alto grau de compartilhamento das redes sociais e da dificuldade de encontrar a origem dessa informação para, respectivamente, atingir o maior número de pessoas e aumentar a impunidade criminal, contribuindo, assim, para o denegrimento da imagem de figuras públicas.  É necessário, portanto, adotar medidas que reduzam a ocorrências das "fake news", mas que não comprometam a capacidade de divulgação de notícias nas redes sociais. O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, além de facilitar o acesso do governo aos anseios populares, por meio de votações e enquetes nas redes sociais, deve, segundo o regimento legal, criar um órgão voltado ao combate dessas notícias falsas, visando a punição das infrações no meio digital, bem como a informação correta à população. As mídias devem realizar propagandas que visem à importância da informação do mundo contemporâneo, estimulando a busca pela informação e, por conseguinte, à transparência pública e à participação política pela população. Por fim, cabe às escolas o ensino da constituição, visando à luta pelos direitos públicos nas futuras eleições, mas também, promover campanhas e projetos sobre os problemas adquiridos com a divulgação de notícias falsas.