Enviada em: 12/10/2018

Com a Terceira Revolução Industrial, iniciada na segunda metade do século XX, muitos avanços foram trazidos para a humanidade, principalmente no que concerne a rápida e ubíqua dissipação de opiniões de uma pessoa para outra. No entanto, na atualidade o grande fluxo informativo tem potencializado o modelamento de muitas concepções do que é o ideal para uma sociedade, assim, como resultado de tal processo, destaca-se a profunda influência dos meios comunicacionais sobre as eleições por todo o mundo.    A princípio, com o advento das Fakes News, muitos partidos e políticos fazem uso desta ferramenta para diminuir o concorrente ou se autopromover. Fica claro que é um grande equívoco acreditar que os textos repassados são inofensivos, ou ainda totalmente verdadeiros, já que a divulgação de uma informação errônea seria capaz de mudar as intenções de voto.  Nesses termos, é observável que em países, como o Brasil e os Estados Unidos da América, o resultado das últimas eleições foram majoritariamente submetidos a influência das redes sociais. Como prova desse fenômeno, pode-se demonstrar o alto nível de renovação dos atores políticos no Sudeste brasileiro e a substantiva renovação do Executivo norte-americano, elegendo, após oito anos de hegemonia do Partido Democrata, Donald Trump, um candidato do Partido Republicano. Esses resultados, aliado a ascendente participação das pessoas nas redes sociais, demonstram o grande poder de coação individual que a internet adquiriu nos últimos anos.      Ademais, embora a utilização da internet venha sendo cada vez mais estruturada a movimentos políticos pacíficos no intuito de difundir e reforçar as ideias revolucionárias capazes de mobilizar uma população, modelos hegemônicos como a atuação de candidatos que não demonstram propostas e/ou utilizam as ferramentas midiáticas como formas de ataque a outros partidos, corroboram a afirmação do filósofo Thomas Hobbes ao dizer que o homem é o lobo do homem     Dessa forma, o Ministério da Educação deve implantar no calendário público federal o ensino de filosofia política para os alunos, com o objetivo de desenvolver no eleitorado uma reflexão mais aprofundada dos elementos constitutivos da política de cada Estado, com isso, impediria-se a total subversão das pessoas para com o bombardeamento informativo nas redes sociais. Ademais, o Governo Federal pode fortalecer as instituições de regulamentação dos provedores de internet, com a finalidade de pressioná-los a desenvolverem melhores algorítimos de filtro contra notícias políticas inverossímeis.