Enviada em: 20/10/2018

Na célebre obra machadiana "Memórias Póstumas de Brás Cubas" o autor-defunto alegou em seus momentos finais que, não teve filhos e não transmitiu a nenhum ser o triste legado da nossa miséria. No presente, essa postura se assemelha à postura da sociedade em relação ao papel das redes sociais nas discussões políticas, uma vez que, embora o constante avanço tecnológico no Brasil traga muitos benefícios, a publicação de inverdades como forma de obter algum proveito, pode suscitar na propagação de ódio como também, crimes popularmente conhecido como "Fake News".  Mormente, é preciso dissertar que consoante Zygmunt Bauman em sua obra "Modernidade Líquida" o individualismo é o maior conflito enfrentado pela pós modernidade, logo, esse pensamento encontra-se intrínseco na sociedade brasileira, à medida que, muitos indivíduos utilizam dos meios sociais para desmoralizar e propagar noticias errôneas, sobretudo, em relação aos candidatos eleitorais, advinda da antipatia com alguns governamentais e com isso, suscita na procriação do "Fake News". Nesse contexto, o aumento de usuários, bem como, o crescimento da disponibilidade das internet no país -cerca de 70%- contribuem para que a disseminação de propagandas falsas aufiram uma quantidade de pessoas avultado, indo contra a filosofia de Sócrates, de que toda notícia deve ser passada pelas trÊs peneiras e a primeira delas, é a verdade.  Convém mencionar que, em consonância com o princípio de Albert Einstein, é temível que a tecnologia ultrapassará a interação humana, acarretando em uma geração de ignaros, portanto, essa convicção mostra-se acertada no meio social hodierno, uma vez que, o intenso progresso científico em consenso com a facilidade que ele oferta, contribuem para a formação de indivíduos alienados que consentem com a maioria das publicações encontradas nas redes, além de contribuir para o isolamento social pelos conflitos causados nas redes sociais oriunda do pouco respeito às díspares opiniões.  Dessarte, para reverter um passado de desrespeito narrado por Brás Cubas, é impreterível que a Escola promova a formação de cidadãos conscientizados e morais, por meio de debates e feiras culturais para que a juventude seja instruída sobre o uso da internet e seus malefícios. Ademais o Governo Federal deve ampliar a criação de órgãos monitorais dos meios tecnológicos criando parcerias com empresas de tecnologias e ofertar multas e punições para os criadores de conteúdos falsos. Outrossim, deve ser ampliada as legislações para oficializar o "Fake News" como crime para reduzir a propagação de usuários mal intencionados. Somando-se a isso, é preciso que os veículos midiáticos promovam a circulação de propagandas com o fito de despertar a população, alvitrando páginas com credibilidade. Assim, reduzi-se-ão os enganos com referência as eleições brasileiras.