Enviada em: 20/10/2018

O surgimento da internet aumentou o alcance dos veículos de comunicação e o encurtamento das distâncias geográficas. Por consequência, o uso desenfreado das redes sociais causa alterações no cenário político de vários países. Logo, constata-se a função da rede no alavancamento das candidaturas, porém o crescente fluxo de notícias falsas acabam por comprometer a popularidade de muitos.    É indubitável que a tecnologia supracitada facilita as campanhas políticas. Assim, o surgimento de aplicativos de conversa, como o "Whatsapp", que segundo o jornal Valor Econômico, possuí 120 milhões de brasileiros conectados, auxiliam na divulgação das propostas dos candidatos e fazem com que mais pessoas fiquem inteiradas. Dessa maneira, a segregação tecnológica dificulta o alcance das propagandas eleitorais online, que ficam a cargo do velho método de visita, muitas vezes em locais remotos e de difícil acesso.    Ademais, apesar do benefício das redes sociais, o compartilhamento das "fake news" configura um problema. Com isso, é notório que o surgimento de notícias falsas afeta a integridade política das vítimas, uma vez que a alienação da parcela mais pobre da população, que configura a maioria, adere facilmente às calúnias e criam, precipitadamente, ódio aos candidatos. Dessa maneira, pesquisas da Universidade de Oxford, relatam que cerca de 1,85 bilhões de reais já foram gastos em alguns países a cargo dessa ação criminosa, fato que gera preocupação nos partidos.    Fica claro, dessa forma, que apesar de auxiliarem, as redes sociais também podem denegrir a imagem de muitos políticos. Destarte, é imprescindível a ação dos governos estaduais na criação de centros de tecnologia para a população carente, em busca de realizar a inclusão digital para maior alcance das propagandas políticas. Sendo relevante ainda, a ação da esfera judiciária na criação de leis mais severas responsáveis por punir aqueles que fazem uso da artimanha, a fim de diminuir a circulação das fake news e trazer harmonia às eleições.