No período entreguerras, foi visível a ascensão de líderes de opiniões preconceituosas e moralmente erradas, que conquistaram espaço com a manipulação da sociedade. Já hodiernamente, junto da evolução tecnológica, é notável a influência de ideias propagadas nas redes sociais. Desse modo, torna-se perceptível o perigo da internet para a independência mental do homem, pois essa é capaz de contribuir para o controle da população, por meio de campanhas populistas e adulteração de informações. Primeiramente, é evidente que a aproximação entre candidatos e eleitores possibilita a formação de promessas infundadas para se obter apoio. Ao adotar-se a perspectiva do sociólogo alemão Max Weber acerca da dominação carismática, é notório que a crença nas melhorias garantidas pelos políticos é responsável por sua promoção e controle do povo. Dessa forma, é indubitável que a dinâmica e velocidade na troca de informações propiciada pela internet é capaz de alienar a população. Ademais, outro reflexo da liberdade de conteúdos nas redes sociais é a criação e disseminação de notícias falsas e a presença de algoritmos para a manipulação do usuário. Esses mecanismos para controle de massa são capazes de gerar discussões e conflitos devido às meias verdades. Com base na teoria dos juízos, que identifica na propagação de opiniões como fatos, aliada ao pensamento do filósofo Schopenhauer, que indica que os homens adotam como padrão apenas o presente em seu campo de visão, se torna incontrovertível que a natureza do ser de adotar seu ponto de vista como verdade universal é fator causal à discussões políticas na internet. Destarte, devido ao exposto, medidas se tornam necessárias. O Superior Tribunal Eleitoral deve, por meio de profissionais especializados, identificar e combater a presença de campanhas e notícias alarmantes, com o intuito de remover possíveis manipulações das redes sociais, para que a população possa ter mais controle sobre suas ideias. Assim, então, será possível a existência de um país mais justo e democrático para todos.