Enviada em: 12/10/2017

Para Aristóteles, ser cidadão é ter uma vida política ativa. Desse modo, pode-se trazer tal definição para os dias atuais a fim de ratificar que o regime político vigente é o democrático, ou seja, "governo do povo". Entretanto, a participação da juventude vem aumentando nos últimos trinta anos, mas ainda há muito a ser mudado. O questionamento é: nos dias atuais, a política mudou o jovem brasileiro, a fim destes não mais reivindicarem seus direitos como antes?   Precipuamente, analisa-se que na década de 1990, ocorreu um movimento o qual teve o nome cunhado pela mídia de "os caras pintadas". Este teve como protagonista jovens insatisfeitos com o presidente Fernando Collor. Como também, o movimento das "Diretas Já". Tais passeatas ficaram marcadas na história do país, todavia, os anos se passaram e poucas mudanças são visíveis. Destarte, evidencia-se uma diminuição no quantitativo de jovens nas ruas, lutando por seus direitos.  Ademais, consoante pesquisa realizada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro em 2014, houve redução de 50% dos jovens votantes de 16 e 17 anos. Visto isso, é possível apontar duas vertentes: os familiares os quais preferem ignorar o cenário político a debater sobre ele e a escola a qual exerce papel educativo, porém valoriza mais os conteúdos em detrimento do conhecimento do que é ser cidadão atuante e conhecedor dos seus direitos e deveres enquanto parte principal no desenvolvimento da nação.  Portanto, de acordo com os argumentos supracitados, o papel do cidadão precisa ser mais esclarecido a fim destes terem conhecimento de causa para lutarem por sua voz nas ruas. É preciso, nesse contexto, um esforço conjunto para dirimir a problemática. Em analogia ao Arraiá de Canudos, o qual apresentou papel midiático expressivo, cabe ao governo utilizar-se desse mecanismo com apoio do Youtube Brasil, a fim d divulgar os direitos e deveres do cidadão, para que este fique ciente do papel dele na sociedade. Outrossim, os escolas deveriam adotar o modelo peripatético de Aristóteles, cuja base era o modelo prático, na intenção de aumentar a inserção social de crianças e jovens. Assim, garantir-se-á, segundo a terceira lei de Newton, uma reação e mudança dos moldes da sociedade a longo prazo.