Enviada em: 28/02/2019

No Brasil, cerca de 20% dos jovens não têm acesso ao ensino fundamental, traz uma pesquisa da Universidade de São Paulo. Não obstante, esse mesmo órgão mostra que 3, a cada 7 menores de idade, moram na rua. De fato, esses dados colocam em questão os direitos da criança e do adolescente no país que, infelizmente, parecem estarem sendo deturpados, seja pela negligência do núcleo familiar com a formação pessoal dos adolescentes, seja pelo descuido do Estado com esse viés. É válido, dessa forma, analisar as problemáticas acerca desse assunto visando a mitigá-las.        Primeiramente, vale ressaltar que, a família, em especial os pais, ainda se apresenta de maneira muito negligente na formação educacional dos filhos. Nesse sentido, nota-se, que ainda há uma carência muito grande de instruções que orientem as crianças a não tomarem caminhos perversos que, posteriormente, podem leva-los a morarem nas ruas e também inseri-los em uma realidade de condição lamentável. Esse descuido confirma a ideia do escritor e político brasileiro, Coelho Neto, quando disse que é na educação dos filhos que se reflete a virtude dos pais.           Paralelo à isso, a nação brasileira deixa muito a desejar quando o assunto é compromisso com a educação, o que edifica outro cenário desafiador. Sob tal ótica, vale lembrar que, de acordo como artigo 227, da Constituição Federal Brasileira, a criança e o adolescente têm direito à saúde, educação e a convivência em sociedade assegurados pelo Estado. Todavia, o que se vê, é que o Poder Público, via de regra, não contribui com o cumprimento destes decretos, haja vista a indisposição de recursos financeiros voltados para construção de novas escolas, além de programas sociais que visem a socialização juvenil.          Fica claro, portanto, que os direitos da criança e do adolescente precisam ser devidamente atendidos no Brasil. Assim, a família, como sendo responsável pelas diretrizes educação pessoal que norteiam o destino dos filhos, deve ser mais assídua na educação moral dos mesmos, exemplificando boas condutas dentro do lar, a fim de que os filhos tenham uma base firme de vivência e, desse modo, não se sujeitem a caminhos infelizes ao longo da vida. Ademais, o Estado, com seu caráter abarcativo, precisa disponibilizar mais verbas para construção de novas escolas em bairros mais pobres, com o fito de fazer as crianças desfrutarem de maneira plena dos seus direitos. Por fim, compete ao Estado, por meio de investimentos, a criação de um programa multidisciplinar, realizado em regiões mais carentes e que ofereça cursos profissionalizantes,  possibilitando, aos jovens, uma maior inserção na sociedade, com o fito de promover uma maior ressocialização desses indivíduos. Decerto, assim, será possível construir um país mais justo no que tange aos direitos civis dos cidadãos.