Enviada em: 14/08/2018

O fim do trabalho para o começo da vida             O trabalho infantil tem se tornado uma realidade cada vez mais comum no dia a dia das pessoas. Os direitos da criança e do adolescente têm sido cada vez mais frequentemente ignorados. Dentre os fatores que contribuem para este cenário está o pouco investimento do governo em educação e fiscalização contra esse tipo de crime, e a condição financeira precária dos próprios pais que, obrigam seus filhos ao trabalho exaustivo nas ruas.       Primeiramente, a educação formal tem vital importância para as crianças. Por meio dela, o jovem ganha disciplina e, na maioria das vezes, a chance de um futuro trabalho honesto. O pouco investimento do governo em educação tem, até então, provocado um surto de miséria encontrada facilmente nas ruas das grandes metrópoles brasileiras. A fome, então, torna-se um dos fatores cruciais para o fortalecimento do trabalho infantil nos dias atuais.       Além disso, a falta de fiscalização, principalmente nas regiões do interior do Brasil e nas favelas, onde a situação apresenta-se de forma mais agravante, também permite o crescimento em tamanho e intensidade do trabalho infantil. Nesses lugares, é comum encontrar jovens e crianças a trabalhar nas casas, nas ruas e, por vezes até envolvidos com tráfico de drogas, já que tal prática proporciona maior lucro em relações às outras formas de trabalho.       A atividade laboral infantil, na maioria das vezes, é ocasionada pela precária condição de financeira das famílias. Então, essas crianças e jovens são “forçadas a” trabalhar para auxiliar no sustento da família. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2015, eram mais de 2,7 milhões de jovens entre 5 e 17 anos de idade trabalham no país. Muitas vezes, essas crianças têm a oportunidade de estudar, mas não tempo para isso, já que ao não trabalharem, não garantem a própria alimentação.       O trabalho infantil, portanto, deve ser anulado da realidade brasileira imediatamente. Para alcançar tal desafio, os direitos da criança e do adolescente precisam ser respeitados, o Ministério do Trabalho deve garantir meios para que a sociedade possa denunciar, além de aumentar a fiscalização com o objetivo de reduzir os números de trabalhadores ilegais e aumentar a assiduidade nas escolas. Ademais, o fomento do Estado para a construção de escolas que ofereça “saberes” regionais de maneira integral com a finalidade de formar uma sociedade com pensamento crítico e capaz de compreender a importância da cultura nacional. Assim, essa triste conjuntura pode, enfim, ser algo do passado.