Enviada em: 27/03/2017

Sabe-se que, a revolução industrial evidenciou a inserção de famílias inteiras, incluindo crianças, no trabalho fabril afim de garantir a sobrevivência destas. Essas evidências logo tornaram o tema mais relevante em função da clara degradação física e emocional das crianças. Contudo, mesmo considerando a história recente do Brasil percebe-se que o trabalho infantil ainda esta presente. Assim, nota-se que crianças e adolescentes permanecem fora de seus direitos plenos.  Nesse contexto, é necessário recordar que a vida na cidade alterou as relações familiares e transformou a visão de trabalho na sociedade. Inicialmente, apenas crianças abandonadas eram entregues as fábricas. No entanto, a baixa remuneração exigia dos operários a inclusão de seus filhos no expediente. Além disso, o trabalho exaustivo e longas jornadas, levou crianças a perderem toda sua infância, coibindo-as de se dedicar a outras atividades, logo, passaram a viver coagidas a conduzir apenas um tipo de vida e, atualmente, esse modelo vem se perpetuando em grande parte da classe baixa brasileira.   Deve-se verificar também que, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, é dever da sociedade em geral juntamente com o Poder Público garantir com prioridade os direitos básicos da criança. Entretanto, pesquisas revelam que mais de 5 milhões de crianças estão sob trabalho infantil, sendo 40% de domicílios com baixa renda, a medida que, apresentamos a menor cobertura do Peti - Programa de Erradicação do Trabalho Infantil -. Desse modo, percebe-se que a diminuição do trabalho infantil é uma realidade distante no Brasil.   Portanto, é claro que novas medidas são necessárias para resolver o impasse, é vital que, crie-se Projetos Culturais e Artísticos, encabeçados por ONGs,  afim de oferecer espaço para que crianças e adolescentes possam adquirir habilidades e conhecimento. Ademais, é fundamental a existência de núcleos de apoio e assistência à família e jovens de baixa renda, dando-lhes amparo para garantir direitos referentes a vida, em conjunto com a ampliação do Peti, ministrado pelo Poder Público como prioridade, para que crianças escapem da condição histórica de exploração e finalmente, não seja necessário a busca por trabalho como único modo de sobreviver.