Enviada em: 28/05/2018

Além do importante conhecimento popular, propagado pela oralidade em todas as populações, há o conhecimento letrado, tão importante quanto o anterior, conquistado através da leitura. Em um país tão desigual como o Brasil, parte significativa da população não tem o devido acesso à leitura. Diante desse contexto, o poder de transformação da leitura, hoje, encontra-se enfraquecido. Logo, Poder público e coletividade devem juntos fomentar a leitura em toda a nação.      Um importante aspecto promovida pela leitura é a transformação do contexto de vulnerabilidade social das comunidades. Segundo o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em pesquisa feita em 2015, quase 10% da população ainda é analfabeta. Esses cidadãos, na sua grande maioria, estão imersos em um quadro de vulnerabilidade social grave, quando somado as dificuldades da marginalização promovida pela desigualdade social, há também os grandes problemas, como não exercício pleno da cidadania e incapacidade de concorrência de grande parte dos postos de trabalho, gerados pela incapacidade de "ler e escrever". Assim, a promoção da transformação social através da leitura, para esses cidadãos, está impedida, cabendo ao Poder Público garantir o direito a educação, e com ele a alfabetização, de todo esse importante grupo, parte considerável da nação.       Outra importante área social transformada pela leitura é o desenvolvimento da visão da população sobre a história brasileira, os direitos dos cidadãos e os preconceitos violentos sofridos por muitos grupos. Um exemplo atual da falta da informação promovida pela leitura está nas recentes manifestações a favor de Governos Militares, baseadas em informações e dados de um suposto "desenvolvimento social e econômico" em desacordo com a história brasileira registrada por pesquisadores e historiadores produtores de informação confiável apoiada em dados e fatos. Essa ignorância, sobre a própria história, é reflexo da pouca leitura da grande maioria dos cidadãos, vítimas de pessoas de má fé, as quais promovem mais violência social. Nesse sentido, é papel do Poder Público e da coletividade a mudança e fomento à leitura, grande tratamento e profilática da ignorância, promotora de violência contra os mais variados grupos sociais.       Urge, portanto, que o poder transformador da leitura seja fortalecido. Para tanto, a União em parceria com o Ministério da educação, deve tornar efetiva a alfabetização de todos os cidadãos brasileiros, promovendo campanhas, manutenção e criação de instituições e programas educacionais. Além disso, ainda a União deve suspender os impostos e taxas que encarecem livros, inclusive aqueles sobre história brasileira, medida essa que deve ser amplamente divulgada nas mídias sociais, inclusive a televisiva, como um importante meio de promoção do saudável hábito de leitura entre os brasileiros.