Enviada em: 03/07/2019

Na Segunda Guerra Mundial a Alemanha nazista tinha uma programação escolar repleta de conteúdos que incentivavam o apoio ao partido, à Hitler e ao nacionalismo exacerbado. Hodiernamente, a leitura não tem tanto valor quanto na Alemanha nazista, onde ela tinha um poder de transformação tão grande que servia como manipulação de massa e arma bélica. Hoje, infelizmente, ela é tão desvalorizada que está entrando em desuso. Logo, fica evidente a necessidade de implementar medidas para combater essa realidade.     Nesse sentido, em análise do contexto retromencionado do poder da transformação da leitura, o escritor Moacyr Scliar costumava dizer “minha mãe muito cedo me introduziu aos livros. Embora nos faltassem móveis e roupas, livros não poderiam faltar. E estava absolutamente certa.” Indubitavelmente, Moacyr deixa claro a importância da leitura para ele, essa mesma leitura que para muitos não significa nada. Assim, essa desvalorização é causada pelo celular, que tomou o lugar dos livros, pelos desenhos, que tomaram o lugar das histórias e pela internet, que tomou o lugar das cartas. Sendo assim, todas essas trocas estão provocando o desuso da leitura.     Por sua vez, o filósofo Platão, fundador da academia e entusiasta do conhecimento, achava a transmissão do conhecimento pela leitura extremamente importante para conduzir e conhecer o mundo das ideias. Entretanto, a sociedade está permitindo que a tecnologia, atrelada a desvalorização do conhecimento, tome o lugar da leitura e isso vem provocando o seu desuso, seja nas escolas, onde as crianças não querem mais saber de ler, ou seja em casa, onde as famílias não estimulam mais a leitura, visto que a televisão tomou conta do cotidiano familiar. Consequentemente, as novas gerações estão desvalorizando, cada vez mais, a leitura e o poder de transformação que ela tem.     Em suma, fica claro que é necessário implementar medidas para solucionar esse impasse da desvalorização do poder de transformação da leitura. Dessa forma, seguindo a linha de pensamento do filósofo Immanuel Kant em que “o ser humano não é nada além daquilo que a educação faz dele”, assim, caberá ao MEC (Ministério da Educação) em parceria com a Secretaria de Cultura, efetuar palestras e propagandas, ministradas por psicólogos e profissionais da área, em escolas e ambientes públicos, para a sociedade de toda faixa etária, com o fito de conscientizar a importância e o poder que a leitura tem de transformação e, assim, promover a estimulação dela no âmbito familiar e escolar, para combater essa realidade.