Enviada em: 04/10/2018

A série de ficção científica "Sense8" narra a trajetória de oito pessoas de países e culturas totalmente distintas que em determinado momento se veem interligadas mentalmente. Ao decorrer da trama é revelado a troca benéfica de culturas entre os personagens, os quais mudam sua visão de mundo. Em paralelo com a ficção, na maioria das vezes, experiências sociais com pessoas de diferentes, culturas, religiões, ou mesmo com deficiência, acabam tendo uma carga positiva, pois despertam o sentimento de empatia, além de enriquecimento cultural. Entretanto, nem todos convivem de maneira harmônica com a diferença.       Baseando-se na formação étnica e cultural do Brasil, desde o período de colonização até os dias atuais, o país recebe imigrantes de diversos países, sendo assim, é de se esperar uma maior tolerância do povo brasileiro à pessoas diferentes, seja por religião, etnia, cor ou deficiência. Ademais, a convivência com pessoas diferentes é algo extremamente importante durante a formação do indivíduo, pois assim há a possibilidade de idealização de uma sociedade na qual não exista apenas um estereotipo social.        Ademais, segundo dados do Grupo Gay Bahia, o Brasil é o país que mais mata lgbtq+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis, Queer e outros) no mundo, sendo todas as mortes motivadas por questões pessoais, culturais e religiosas. Tal dado revela que o país precisa de uma reforma educacional e avanços em políticas de inclusão, contudo, ideologias como a da "Família Tradicional Brasileira", as quais vem sendo pautadas nas atuais eleições, que impõe um único modelo de família, só levam a reforçar preconceitos diversos e tornam cada vez mais distante a ideia de erradicação dos mesmos.       Portanto, medidas devem ser tomadas para resolver o impasse. Conforme dito por Immanuel Kant, "O ser humano não é nada além daquilo que a educação faz dele", sendo assim, cabe ao Ministério da Educação em parceria com professores de línguas e culturas estrangeiras, a realização de um curso intensivo, o qual terá aulas de idiomas e culturas menos populares (árabe, japonês, chinês e russo). O curso terá como público pessoas de todas as faixas etárias, sujeito a inscrição prévia com número limitado de vagas e será ministrado em escolas da rede pública, aos fins de semana. Como objetivo a erradicação de qualquer tipo de preconceitos, já que estes não são uma característica inerente.