Enviada em: 16/10/2018

"Na essência somos iguais, nas diferenças nos respeitamos". A frase de Santo Agostinho infelizmente ainda não representa a realidade brasileira, levando em conta as desigualdades e a dificuldade de lidar com as diferenças presentes. Com a fundação do país já baseada na diversidade, mas também na desigualdade, e com a perda da sensibilidade humana, esse desafio torna-se uma importante questão que necessita ser discutida.       Em primeiro lugar, o Brasil sempre foi um país diverso, mas a diversidade nem sempre foi respeitada, já que muitas minorias tinham seus direitos constantemente negados. Em um contexto atual, o progresso é evidente, porém isso ainda se apresenta em um sentido cultural, social e econômico. Dessa maneira, já existem leis com o intuito de punir aqueles que agem de maneira preconceituosa, mas essas não são colocadas em prática e não são homogêneas para todos os grupos.       Segundo Bauman, a perda da sensibilidade humana é consequência da modernidade líquida atual. Dessa modo, discursos de ódio tornam-se mais comuns, pois não há a empatia. Além disso, o egoísmo humano faz com que a população não pense no bem coletivo e somente no seu próprio benefício, dificultando ainda mais a luta pela igualdade. Assim, o preconceito só se expande.       Para resolver o impasse, é necessário que o Poder Legislativo implemente leis que lutem contra o racismo, a homofobia e o machismo, com o intuito de proteger aqueles que tem sua identidade confrontada e desrespeitada. Ademais, as escolas, aliadas às famílias, devem focar em ensinar ao público jovem questões de respeito à diversidade cultural e a pluralidade de identidades, por meio de debates filosóficos. Assim, serão formados cidadãos críticos, com um senso de respeito ao próximo, que ajudarão o Brasil a alcançar a respeitabilidade proposta por Santo Agostinho.