Enviada em: 16/07/2018

O Homem Invisível.        No limiar do século XXI, observa-se que há uma contínua desvalorização do idoso no cenário brasileiro. Nesse sentido, sabe-se que existe uma cultura que enxerga essa classe como figuras a sustentar. Ainda nessa perspectiva, é notório que existe uma persistência no tocante a casos de coerção e negligência contra esse grupo.           Na animação ‘’Os Simpsons’’, o protagonista ‘Homer’ vive evitando seu pai pois considera-o senil. Do panorama fictício à realidade, pouco se altera – anciões, por estarem pouco incluídos no cotidiano, são vistos como fonte de prejuízo ao Estado e às famílias por boa parte do corpo social. Diante disso, se faz nitidamente presente o individualismo de uma sociedade cada vez mais mecanicista, como caracterizado pelo filósofo Descartes.            Vale salientar, também, que casos de violência contra a terceira idade não são raros na ‘’terra de palmeiras e sabiás’’. A título de exemplificação, dados do website G1, mostram que em 3 meses de 2015, 400 denúncias de delitos previstos no Estatuto do Idoso foram feitas. Como produto dessa realidade, os longevos se sentem invisíveis perante a coletividade, fator que coloca a democracia verde e amarela em risco.              Parafraseando o político Theodore Roosevelt, é necessário antes de educar o intelecto, educar a moral.  Partindo dessa égide, para resolver a problemática da desvalorização do idoso no Brasil, é condição ‘’sine qua non’’ que a Mídia, por meio da indústria cultural promova um exercício de empatia na população, introduzindo valores ao público jovem que culminem em mais aceitação por esse grupo. Escolas e famílias, em seu caráter educativo, devem, por meio de diálogos e palestras ministrados por profissionais , como sociólogos e professores, clarificar a importância do respeito a tal camada social. Ademais, o Ministério da Saúde deve promover análises semestrais nos anosos, revelando possíveis traumas físicos e psicológicos. Com tais medidas, a melhor idade poderá finalmente ser enxergada pelas próximas gerações.