Enviada em: 29/10/2018

Com o avanço da medicina ao longo da história, a expectativa de vida aumentou demasiadamente. Por consequência, o número de idosos no Brasil tem crescido ano após ano e, segundo pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), continuará aumentando. No entanto, a sociedade não tem se adaptado a essa mudança do quadro populacional, e o que se pode perceber é a falta de garantia de uma boa qualidade de vida para esse grupo, tanto por não assegurar seus direitos, quanto pelo preconceito existente. Dessa forma, uma discussão em torno desse tema faz- se necessária.    Primeiramente, partindo do pensamento do filósofo Aristóteles em seu livro “Ética a Nicômaco”, a política serve para garantir a felicidade dos cidadãos. Com isso, pode-se perceber que o Estado tem falhado no sue papel com relação a esse grupo, pois não lhe oferecem os meios necessários para que alcancem tal sentimento, como a não garantia de uma saúde de qualidade, poucos lugares garantidos em transportes públicos e a falta de áreas de lazer direcionadas a eles. Além disso, a falta de uma educação digital dificulta a sua inserção na sociedade atual, visto que a tecnologia se faz cada vez mais presente na vida dos cidadãos.    Ademais, muitas vezes não há um respeito aos idosos pelos mais jovens. O preconceito e a impaciência para lidar com as limitações físicas e psicológicas apresentadas pelo primeiro grupo acabam gerando desrespeito e desvalorização desses por parte dos mais novos. Aliado a isso, o ritmo de vida da sociedade contemporânea exige uma agilidade que, sendo perdida ao longo dos anos, acaba gerando uma visão de “inutilidade” e a consequente exclusão social. Portanto, consoante ao filósofo Immanuel Kant, “O ser humano é aquilo que a educação faz dele”, tornando-se imprescindível o papel da escola para reverter esse quadro.    Diante disso, medidas devem ser adotadas pra resolver o impasse. Cabe ao Governo assegurar os direitos desse grupo e proporcionar-lhes uma boa qualidade de vida, principalmente através de medidas sociais, como tornar preferenciais todos os assentos de lugares públicos para idosos, oferecer aulas de ginástica e dança em locais como praças, assegurar o acesso à saúde de qualidade e ofertar aulas de informática, proporcionando-lhes o bem-estar assegurando pela lei e proporcionando os meios de inclusão. Além disso, cabe às escolas, em conjunto com a família, educar os jovens quanto ao respeito aos mais velhos, através de debates e palestras que mostrem tanto a maneira de fazê-lo, quanto a sua importância, ressaltando o valor que esse grupo apresenta para a sociedade. Dessa forma, os idosos terão seu lugar garantido em meio à coletividade.