No filme Harry Potter e a Câmara Secreta, o menino Harry observa com admiração o envelhecimento da fênix, a qual entra em chamas quando atinge o ápice da vida e posteriormente renasce juvenescida. Destarte, fora das telas é demonstrado um recomeço similar dos indivíduos ao conquistarem a terceira idade, uma vez que fatores biológicos e psicológicos estão desgastados, o que leva-os a reaprenderem diversos fatores, ou seja, rejuvenescer. Entretanto, o deslumbre não é semelhante, haja vista que a valorização do idoso se tornou escassa. Nesse contexto, é crucial analisar como a falta de alteridade e informação cooperam para o aclive do empecilho. Mormente, é notório que a sociedade brasileira vivencia uma ausência de alteridade, ou seja, os indivíduos não se colocam na posição do outro. Afinal, esses cidadãos possuem discriminação com grande parte dos idosos, isso pois muitos aposentados não compreendem o avanço tecnológico e a alta velocidade do cotidiano jovial, o que gera atritos entre gerações. Por conseguinte, os asilos estão superlotados, além de diversos anciões ficarem de pé no transporte público, o que demonstra o desrespeito perante ao Estatuto do Idoso, o qual afirma que os idosos precisam de absoluta prioridade. Prova dessa escassez de empatia é o caso divulgado pelo UOL notícias no dia 06/09/2018, o qual afirma que idosos passaram a noite na fila do hospital da cidade do Porto Alegre(RS) a esperar por consulta. Outrossim, a falta de informação também corrobora à problemática. Isso decorre do fato de inúmeras pessoas não possuírem conhecimento amplo quanto aos direitos e deveres dos mais velhos, visto que o Estatuto do Idoso não é tão divulgado pela mídia, a qual possui preferência pelo Estatuto da Criança e do Adolescente(ECA). Por consequência disso, a violência contra a terceira idade eleva-se, uma vez que suas punições são inibidas devido a população não obter informação sobre os meios de denúncia. Em comprovação a Organização Mundial da Saúde(OMS) apontou que a cada seis idosos um é violentado diariamente. Torna-se evidente, portanto, a necessidade de certas medidas que visem solucionar o problema. Cabe a OMS em parceria com a mídia criar campanhas subjetivas e objetivas, isso porque as subjetivas devem ter como fim conscientizar a nação verde e amarela, por intermédio de frases impactantes e palestras nos meios midiáticos, as quais relembrem os indivíduos de que todos chegarão a terceira idade. Por fim, esses mesmos órgãos devem se aprofundar nas campanhas objetivas, com a finalidade de informar todos os direitos e deveres presentes no Estatuto do Idoso, por intermédio de cartilhas divulgadas online. Assim, a admiração de Harry com a fênix tornar-se-á o respeito ao idoso.