Enviada em: 24/07/2019

A Constituição Federal de 1988 disserta que, um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil é o de promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Porém, mesmo com diversas conquistas sociais, há uma intolerância enraizada em nossa sociedade ao se tratar da terceira idade.        Em primeiro lugar, vale ressaltar que um idoso é o indivíduo que ultrapassou os 60 anos de idade. Dito isso, a cada ano que passa a expectativa média de vida aumenta cada vez mais. Logo, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até o ano de 2050, o número de idosos vai chegar à 30% da população brasileira. Apesar desse dado, que representa um Brasil mais madura, em termos populacionais, ainda é socialmente imaturo para absorver os sexagenários de forma integral na sociedade. Por exemplo, diariamente surgem notícias de famílias que abandonam seus anciões em asilos, deixando-os à mercê de cuidadores desconhecidos. De fato, segundo a DataFolha, 90% dos brasileiros acreditam que existe preconceito contra idosos no país.        Dentro dessa perspectiva, outro ponto a ser considerado, é com relação à seguridade social. Por essa concepção em vista, vale ressaltar que a prevenção de doenças crônicas é vital, tanto economicamente quanto socialmente, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Ainda, um grande desafio brasileiro é cuidar do corpo e mente da população idosa. Pois, devido ao déficit da previdência no país, muitos idosos vão ficar desamparados por tal auxílio. Para contornar esse problema, países como a Alemanha tendem a criar soluções. Como pela iniciativa privada e a formação de repúblicas voltadas à essa parcela do país, em que recebem apoio psicológico, nutricional e social.        Deve-se, portanto, analisar essa problemática pelas múltiplas facetas do problema. Para isso, as secretarias de saúde municipais, em conjunto com a iniciativa provada devem criar, em cada cidade, locais que possam receber idosos abandonados pelas famílias. Desse modo, podem receber qualquer tipo de tratamento médico, além de conviver com quem está na mesma situação, a de abandono. Por fim, a partir de um local acolhedor, em que esses indivíduos serão bem tratados, a Constituição Federal poderá ser respeitada e a intolerância minimizada.