Enviada em: 02/10/2017

O crescente número de idosos é visível no Brasil, bem como a desvalorização dos mesmos. No contexto social capitalista, as pessoas com idade avançada por, na maioria das vezes, estarem afastadas das atividades produtivas, são esquecidas pelo governo e pela população. Consequentemente, essa parcela de indivíduos é excluída e injustiçada, não sendo respeitada como deveria.    Na conjuntura vigente, a busca pela fabricação excessiva é o objetivo central das empresas. Porém, os idosos, por não terem a mesma força física que os demais, são suprimidos desse cenário e passam a ter grande tempo ocioso, que não é preenchido com atividades governamentais, como tarefas culturais voltadas para essa faixa etária. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), apenas 7% do mercado de trabalho é ocupado por idosos, o que aumenta o isolamento social e diminui o exercício da mente.    É imprescindível salientar, ainda, que a sociedade não valoriza a sabedoria dos mais velhos e desconsidera a função destes. Primeiramente, há uma espera excessiva em hospitais e postos de saúde que ignoram as condições biológicos dos idosos. Outrossim, faltam assentos nos transportes coletivos que, constantemente, são ocupados por pessoas e, em casos mais graves, eles são abandonados pelas famílias ou moram nas ruas. Em consequência disso, muitos idosos se sentem inúteis e desamparados, o que pode gerar depressão e agravar as enfermidades.   Nesse ambiente de revolução demográfica, é necessário que medidas sejam tomadas em busca de uma sociedade como a chinesa e as indígenas, que valorizam extremamente os idosos. Inicialmente, é preciso que o governo, através do Ministério do Trabalho, estabeleça uma lei que obrigue as empresas a contratarem um percentual de idosos, a fim de ingressá-los no mercado de trabalho, em serviços que atendam suas necessidades e limitações. Além disso, o Ministério da Saúde deve aumentar o número de academias populares voltadas para os mais velhos, com profissionais especializados e atividades de concentração, equilíbrio e animação, bem como disponibilizar vagas nos hospitais e postos de saúde que atendam de forma efetiva, para que estejam sempre bem cuidados. A mídia, as família e as ONG's, por sua vez, devem promover a conscientização para os jovens, através de explicações e debates que visam o respeito às pessoas de mais idade. Como afirma o pastor Tony Garcia, ''os idosos são acervos preciosos para quem quer andar à frente de seu tempo''.