Devido ao controle de natalidade e o planejamento familiar, o número de idosos vem crescendo no Brasil. Diferente da cultura indígena, na qual o mais velho é considerado detentor de muitos saberes, portanto o mais importante da tribo, na sociedade ocidental as pessoas de idade avançada são desvalorizadas, tendo de passar por desafios como a exclusão social e, em muitos casos, maus tratos. Ainda que exista o Estatuto do Idoso, sabe-se que esses continuam sofrendo discriminação pelos mais jovens. Por causa da dinamicidade do mundo, também causada pela modernidade líquida de Zygmunt Bauman, as pessoas têm cada vez menos tempo e paciência de fazer com que o idoso se insira nesse "mundo novo" da tecnologia e acabam excluindo-os socialmente, visto que hoje vive-se em um mundo globalizado. Além disso, em razão dessa mesma dinamicidade, cuidar de um velhinho torna-se uma tarefa cada vez mais árdua, pela falta de tempo de fazê-la. Somado a isso, outros desafios enfrentados pelos mais velhos são os constantes maus tratos e abandono sofridos pelos mesmos, crimes mais comuns cometidos contra a terceira idade. Segundo dados do Disque 100, o número de denúncias feitas pelos idosos, ou por pessoas próximas, crescem cerca de 200% em um ano. Inclusive, de 2011 para 2012, as denúncias triplicaram, o que mostra a intensa desvalorização e subalternização que a terceira idade sofre em nossa sociedade. Diante dos fatos supracitados, nota-se que a desvalorização dos mais velhos precisa ser combatida. Para tal, a mídia, principal formadora de opiniões, deve promover campanhas que abordem a importância dos mesmos para a sociedade e deve, também, inseri-los em papeis importantes em novelas e séries, evitando de trata-lo como "peso morto". Ademais, as escolas, importantes no processo de formação do indivíduo, podem adicionar ao seu currículo palestras obrigatórias que tenham por objetivo mostrar a contribuição de um idoso na sociedade, a fim de minimizar o sentimento de abandono e exclusão sofridos pelos velhinhos.