Enviada em: 09/06/2017

Na história de formação do Brasil,a colonização portuguesa enraizou uma forma de patrimonialismo sobre os nativos,no qual a obediência se deu aos homens e não aos princípios éticos.Tal contexto ratifica o comodismo do cidadão brasileiro,em pleno século XXI em não se indignar às ações antiéticas,não somente sucedidas no espaço de convívio do indivíduo,mas também no meio político.Dessa forma,é necessário que o brasileiro se coloque frente à ética nacional,a fim de se articular contra a imoralidade.     De início,vale destacar que os abruptos e sequenciais escândalos de corrupção no governo brasileiro criaram uma crença segundo a qual todos são corruptos.Todavia,é indubitável que essa generalização apenas dificulta a ação daqueles que poderiam denunciar os corruptores.Dessa maneira,eclode um panorama de passividade,o qual condiciona a sociedade a não se constranger aos casos de desonestidade e de depravação da lei.    Ainda vale lembrar que,sob a perspectiva do indivíduo,a falta de ética tem enfoque no cotidiano ''jeitinho brasileiro''.Nesse âmbito,a postura do brasileiro de se beneficiar a qualquer custo,estimula uma banalização e negligência da prática de atitudes imorais.Paralelamente,essa conduta é apresentada na obra Memórias de um Sargento de Milícias.Neste,o protagonista é um anti-herói;um malandro que dribla os fatos da vida para garantir sua sobrevivência na sociedade do século XIX,outrossim à  atitude do brasileiro na atualidade.    Por conseguinte,o povo tem de ser o herói da nação brasileira, posicionando-se frente ao compromisso da ética.O voto consciente é um excelente instrumento para acabar com o ciclo vicioso de corrupção no Brasil.Para isso,a população brasileira,no momento do voto,deve pensar no bem coletivo e não somente em satisfazer vantagens individuais.Nessa lógica,o eleitor pode se informar sobre os candidatos,por meio da internet;nos sites do STE - Supremo Tribunal Eleitoral.Além disso,os sindicatos junto às instituições de ensino,têm de estimular o ativismo social,a partir da mídias,a fim de organizar passeatas e audiências públicas que conscientizem  e estimulem a população a se portar e a se indignar à realidade de corrupção e imoralidade persistentes na sociedade brasileira.