Enviada em: 17/03/2017

A dicotomia entre o público e o privado      Desde a Primeira Revolução Industrial, no século XVIII, o ser humano vem tentando se adaptar às mudanças tanto do mercado de trabalho, tempo e econômicas como no próprio modo de socialização. Na atualidade, percebe-se uma grande ‘’necessidade’’ da maioria das pessoas, principalmente os jovens, de publicarem sentimentos, fotos privadas ‘’ selfies’’ e locais de frequência nas redes sociais.   A emergência da sociedade da informação está associada a um conjunto de profundas transformações ocorridas nas últimas duas décadas do século XX. As pessoas, não apenas crianças e adolescentes, mas também adultos e idosos, ao encontrarem-se em um isolamento monacal priorizam as relações e publicações virtuais em detrimento de relações pessoais. Nesse sentido, a dificuldade de se socializar no mundo real faz com que essas compartilhem momentos em sites de relacionamento como: Facebook, Twitter, Instagram dentre outros.     Relativo ao uso das Redes como meio de socialização pode-se destacar tanto aspectos positivos quanto negativos. Se por um lado, através dessas as pessoas podem realizar movimentos tal qual o da Primavera Árabe que derrubou regimes ditatoriais como no Egito; por outro, o exacerbado contingente de informações privadas serve de grande utilidade aos criminosos: ladrões, estupradores e sequestradores. Dessa forma, fazer com que as pessoas priorizem as Redes mais como meio de manifestação de uma opinião ou de comunicação, evitando a divulgação de fotos, ambiente de trabalho, locais de frequência, ou seja, informações que possam ser utilizadas contra si mesmos é uma premência, e não um fato opcional.      A dificuldade de identificar o limite entre o que é público e o que é privado é, de fato, um problema. Diante disso, tirar um tempo de lazer preconizando as relações de calor humano em relação às publicações de sentimentos virtuais é uma medida profilática à redução deste impasse. Soma-se a isso, a necessidade de utilizar as redes sociais com extrema cautela, selecionando as informações que podem ser públicas e as que são privadas, pois esse excesso de dados pode ser utilizado por criminosos para o rompimento de nossa própria segurança. Somente assim, será possível abdicar, de vez, com esse problema marcante na atualidade.