Enviada em: 31/07/2017

O álcool, por não ser considerado droga ilícita, é uma bebida socialmente aceita em diversas ocasiões, porém, em grandes concentrações, as pessoas apresentam dificuldades de percepção e coordenação motora, segundo a psiquiatra e pesquisadora do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa) Carolina Hanna Chaim. A ingestão de álcool antes de dirigir não só afeta a visibilidade do motorista, como também põe em risco inúmeras vidas.    A Lei Seca veio para conter e minimizar os acidentes de trânsito causados pelo uso do álcool. Assim como a psiquiatra ressaltou, o consumo desse lícito altera a capacidade motora e reduz as sinapses, diminuindo os impulsos nervosos e, por consequência, atrasando na resposta dos estímulos, o que gera batidas, capotamentos e mortes nas rodovias brasileiras.     Outrossim, condutores que se embriagam assumem o risco de provocar acidentes e causar mortes. Quando uma pessoa ingere álcool e vai ao volante ela tem ciência da atitude e do perigo contido nessa ação. Os motoristas, contudo, mesmo sabendo das consequências de seus atos, infringem as leis, e a eles devem ser aplicadas multas e penas adequadas.     O número de mortes por acidentes de trânsito caiu 22,5% de acordo com o Ministério da Saúde após a implantação da Lei Seca, mas essa taxa precisa ser reduzida ainda mais. Portanto, é fundamental que a Polícia Rodoviária realize blitz, prendendo infratores e utilizando alcoolímetros, a fim de que se mantenha um trânsito seguro. Instituições de ensino devem educar via palestras e teatros sobre a embriaguez e seus efeitos nos motoristas, conscientizando e formando futuros condutores responsáveis. Aos pais e à sociedade fica o dever de serem exemplos, pois dirigir alcoolizado e exigir do próximo que não tenha a mesma conduta não é ético para um país que visa a reduzir as mortes por ingestão excessiva de álcool em rodovias.