Enviada em: 31/10/2017

Com a ascensão de Juscileno Kubistek estava incluindo no seu plano de metas a abertura da economia brasileira, um ambicioso conjunto de objetivos setoriais que prometiam a industrialização a curto prazo. Nesse cenário, a entrada de automóveis no Brasil como bens de consumo cresceu exponencialmente. No entanto, o governo não tomou como prioridade a fiscalização das estradas, tendo como "efeito colateral" o aumento do número de acidentes e mortes nas rodovias, seja pela  negligência ao volante pela mistura direção e bebida, seja falta de tornar a lei seca parte da conjetura nacional.       É indubitável que a combinação entre bebida e direção é mortal. No Brasil é responsável por 30% dos acidentes de trânsito, estatísticas que estão sendo combatidas pela lei seca. Uma redução no número de vítimas de acidentes fatais e atendimentos hospitalar mostram sua eficiência. Portanto, a proibição absoluta do consumo antes de dirigir e a existência de diversos pontos de fiscalização espalhados pelo país tornaram menores a tentativa de bular o sistema.         Há, entretanto, um papel que a sociedade deve cumprir ao tornar uma lei parte da conjectura nacional. De acordo com Jean-Paul Satre, "O homem deve ser inventado a cada dia". Ao seguir essa linha de pensamento esse papel se refere à transformação de comportamentos culturais para a consciência coletiva enxergue o que a lei não apenas como uma obrigação legal, mas sim como dever moral.         É possível, portanto, promover o desenvolvimento moral da sociedade através da legitimação da lei. Sendo assim, cabe ao Governo Federal se responsabilizar pela emissão de verbas e pela elaboração de diretrizes a serem seguidas, e os governos estadual e municipal devem atuar na fiscalização e ação preventiva. Além, de campanhas publicitárias que incentivem a mudança de comportamento em parceira com a  assistência social. Assim, o plano de metas poderá se transformar em um legado de mudanças econômicas e culturais.