Enviada em: 01/10/2018

O debate e a regulamentação da publicidade infantil são fundamentais no atual Brasil capitalista. Analogamente à inserção precoce de meninos no treinamento militar, na antiga Esparta, hoje, nossas crianças, influenciadas pelas propagandas inadequadas, têm criado um ideal deturpado de consumo, o que requer uma ação governamental e social pela causa.     Primeiramente, é válido salientar que após a consolidação do Globalismo, no século XX, a hegemonia do sistema Capitalista se fortifica mundialmente. Sendo todos os cidadãos, inclusive crianças, compradores em potencial, torna-se indispensável a discussão sobre o consumo. Ora, esse quadro socioeconômico não requer a proibição da publicidade infantil, mas que esse público alvo seja protegido dos abusos, como provocar o vício em "fast-foods" por meio de brindes com personagens conhecidos.       Diante disso, fica evidente o papel do Estado na questão. Se a educação é garantida a todos pelo artigo 6 da Constituição Federal e pelo mesmo se torna dever do governo, as crianças devem, sim, aprender sobre consumo responsável na escolas e o país deve contar com a regulamentação legislativa de tal publicidade. Dessa forma, a importante formação de futuros consumidores conscientes é facilitada.       Além disso, o papel social na questão deve ser estabelecido, principalmente o da família. Os pais, como primeiros educadores dos seus filhos, devem elucidá-los a fim de que entendam os limites e prejuízos que envolvem a compra de certos produtos direcionados a eles. Parafraseando Pitágoras, é preciso educar as crianças para não punir os adultos.       Portanto, é preciso agir para construir essas ideias nas crianças, além de envolver o Estado e a sociedade no embate. O Conanda deve estabelecer o que se constitui objeto de abuso nas propagandas referidas e apresentar essa relação ao Poder Legislativo, a fim de que leis de regulamentação sejam criadas e executadas. Ademais, a família deve se associar à escola com o objetivo de educar seus filhos de forma lúdica e clara, com palestras, jogos e seminários. Tudo isso visando proteger e provocar o juízo crítico no nossos futuros adultos.