Enviada em: 02/10/2018

A publicidade infantil é extremamente perigosa, pois é um meio de propagar o consumo para as crianças, que, ainda, não possuem um pensamento crítico sobre o consumismo. Por esse motivo desde 2014 existe uma resolução que proíbe a publicidade infantil persuasiva. Contudo, é ingênuo acreditar que este problema esteja solucionado, pois crianças brasileiras ainda são vítimas da exposição e persuasão do consumismo.        As crianças vivem a fase da inocência, e aos poucos vão conhecendo e aprendendo as coisas. Entretanto, o consumismo precisa ser direcionado à pessoas que já detém  de um pensamento mais realista, consciente e crítico, para que não seja submergido ao capitalismo exacerbado, pois como Bauman afirmava, o capitalismo leva a sociedade a ter cada vez mais relações humanas frágeis e líquidas. Se o capitalismo causa isso com adultos, com as crianças o efeito é, ainda, maior, fazendo-os se tornarem futuros adultos mais alienados dos que muitos de hoje.        É pertinente ressaltar, ainda, que mesmo com o funcionamento da resolução supracitada, a publicidade infantil cresce cada vez mais. Prova disso são os comerciais de alimentos não saudáveis exibidas na Rede Globo de Televisão no horários dos programas infantis, um exemplo é o comercial do salgadinho Pipos, que mostra que esse alimento vai deixar a criança forte e vitaminada, quando na verdade é um péssimo alimento para o desenvolvimento saudável das crianças, pois possuí uma enorme quantidade de sódio e de gordura trans. As crianças que assistem a esse comercial acham que ficar fortes e que podem ser super-heróis.           Asssim, depreende-se que o consumismo infantil já afeta a vida das crianças de forma psicológica e física. Desse modo é preciso que o Ministério da Educação crie um aplicativo para pais e os professores com conteúdos de administração financeira, para que eles repassarem esse conhecimento as crianças, a fim de torna-los crianças e adultos conscientes sobre o consumo. É preciso, também, que o governo diminua impostos para as empresas que não fizerem propagandas infantis.