Durante a Segunda Guerra Mundial, o líder nazista Adolf Hitler utilizava os meios de comunicação como ferramenta para persuadir a população alemã fazendo com que todos acreditassem que a ideia vendida por ele era o melhor a ser feito pela nação. Já no mundo contemporâneo, os interesses capitalistas utilizam a publicidade como um meio eficaz de movimentar a indústria como um todo. Com isso, no Brasil, as propagandas voltadas para o público infantil se tornam tendenciosas tendo em vista o fato de serem voltadas para consumidores incapazes de decidir o melhor para si e haver risco de consumo irresponsável. Em primeira análise, vale observar que empresas de várias vertentes(alimentícia, vestimentas e higiênicas) utilizam artifícios lúdicos com o fim de despertar o interesse infantil pela aquisição dos seus produtos. Nesse viés, países como Estados Unidos e Austrália possuem um comércio com forte impacto sob o consumo infantil. Um grande exemplo é a Disney World que possui uma infinidade de produtos que estampam seus personagens e são consumidos em larga escala por crianças do mundo todo. Dessa forma, em contraste com o Fordismo - modelo industrial que visava a excelência em qualidade - , o modelo atual se preocupa com a venda em larga quantidade mantida pelo investimento em publicidade deixando a qualidade a desejar. Além disso, cabe ressaltar que o estímulo ao consumismo infantil traz consequências alarmantes para a sociedade. Segundo o pensamento filosófico de Jean Jaques Rosseau ; o indivíduo nasce puro, a sociedade o corrompe. Em contraponto, as práticas persuasivas do meio industrial utilizam a inocência do indivíduo na tenra idade para buscar aquisição aos seus produtos através de meios considerados prejudiciais pelo Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente. Com isso, várias Ong´s advertem que tais práticas podem desenvolver desde a obesidade infantil até transtornos psicológicos como o consumismo exacerbado e a ansiedade. Desse modo, cabe ao Ministério da Ciência e Tecnologia estabelecer normas à publicidade infantil no Brasil, como já acontece em vários países como: Suécia, Reino Unido, França e Dinamarca, com o objetivo de levar à criança apenas a propaganda ''aceitável'' de acordo com o ECA(Estatuto da Criança e do Adolescente). A iniciativa poderá ser amparada pelo Poder Legislativo como garantia de que seja respeitada. Além disso, é importante que as instituições educacionais auxiliem as crianças a escolher materiais e merenda escolar pelo conteúdo e não pela embalagem , através de atividades teatrais que eduquem e auxiliem as crianças acerca do consumismo responsável. Com isso, o público infantil será resguardado de práticas tendenciosamente negativas.