"A massa sustenta a marca, a marca sustenta a mídia e a mídia controla a massa". Com essa frase, o escritor britânico George Orwell sintetizava o poder que a mídia exerce sobre a sociedade. Tendo enorme poder de influência, a publicidade dita comportamentos para estimular o consumo de determinados produtos. Isso se torna algo extremamente alarmante, em especial, quando se trata em manipular o pensamento de crianças. Graças a revolução da psicanalise na década de 20, devido aos estudos de Sigmund Freud, passamos a ter uma percepção maior de como a mente humana funciona. Todavia, muitas de suas teorias psicológicas foram apropriadas pelo mundo da publicidade, onde muitas vezes se apela para a irracionalidade e impulsos primitivos do ser humano em nome de vendas e lucros. Visto que crianças não tem senso critico plenamente formado, elas se tornam mais suscetíveis a esse tipo de manipulação. O bombardeamento de comerciais dirigidos ao publico dessa faixa etária geralmente associa seus produtos a personagens famosos, ou oferece prêmio e brindes. Tudo isso faz com que a criança se sinta frustada caso não obtenha uma dessas mercadorias, fazendo-as então pressionarem seus pais a adquirir-las. Tudo isso é grave pois, como dizia Mahatma Gandhi, "o futuro dependerá dos atos perpetrados no presente". Uma geração que cresce estimulada a agir apenas pelos impulsos de seus desejos de consumo esta propensa a viver sobre hábitos não saudáveis, como se pode perceber ao analisarmos, por exemplo, a taxa de obesidade infantil nos Estados Unidos da América, onde uma em cada três crianças estão acima do peso. Sendo assim, a publicidade não pode ser dirigida a quem não tem discernimento para escolher. É necessário então que o Governo Federal, proíba qualquer tipo de propaganda ao público infantil. Assim, poderemos garantir que nossas crianças cresçam de forma mais saudável e com maior autonomia sobre seus desejos e pensamentos.