Enviada em: 30/01/2018

Com o fim da Guerra Fria, houve a hegemonia dos Estados Unidos e a difusão do capitalismo. Esse modelo econômico é marcado pelo incentivo ao consumismo por meio de constantes propagandas, as quais se tornam apelativas ao abusarem da ingenuidade do público infantil. Nesse sentido, fatores de ordem social e educacional caracterizam a problemática.     É importante pontuar, de início, que de acordo com a sociologia os indivíduos de uma sociedade sofrem influência do meio em que se encontram. Tal influência ocorre de forma muito mais intensa nas crianças, visto que estão em desenvolvimento, e é utilizada, por exemplo, pela indústria alimentícia a partir de propagandas com famosos personagens de desenho, como Peppa Pig. Esse comportamento, segundo Karl Marx, representa o ultrapasse de valores éticos e morais no anseio pelo lucro. Como consequência disso, há uma alienação das crianças as quais desde pequenas passam a ceder à cobrança da mídia.    Outrossim, a publicidade infantil deve ser evitada em decorrência de uma falha educação no Brasil quanto ao desenvolvimento de cidadãos conscientes. Devido ao fato das escolas brasileiras não apresentarem um ensino voltado para a formação de um consumidor autônomo e responsável quanto as suas necessidades, a influência da mídia torna-se insustentável frente a qualquer pessoa. A importância desse ensino é ratificada pelo educador Paulo Freire, o qual acredita que a educação transforma a sociedade.      É notória, portanto, a relevância de fatores de cunho social e educacional na temática supracitada. Nesse viés, cabe ao governo, por intermédio de seus órgãos responsáveis, o papel de regulamentar a publicidade infantil, uma vez que deve haver limites quanto às propagandas. Tal medida pode ser efetivada por meio da sanção de uma lei que proíba comerciais para certa faixa etária e o uso de personagens famosos em anúncios de alimentos infantis. Ademais, é fundamental que a escola desenvolva nos alunos um senso crítico quanto à influência da mídia e priorize a formação de um consumidor consciente. Para isso, é necessário a realização de trabalhos dinâmicos, palestras e debates em sala de aula.