Enviada em: 20/04/2017

No filme Acquaria, o autor buscou chamar atenção sobre a possível escassez dos recursos hídricos no futuro retratando a vida de dois irmãos que lutam para sobreviver em um planeta sem água. Nesse contexto, relaciona-se a atual crise dessa substância inorgânica no Brasil, como desafios de garantir água de qualidade para a população. A água cobre cerca de 75% da área do país. Entretanto, mesmo com tanta abundância, o uso indiscriminado do recurso e a ação antrópica na natureza, somados ao sentimento capitalista e egocêntrico das pessoas do século XXI e à falta de rigor do governo corroboram para o surgimento de um cenário em que a ''fonte da vida'' pode entrar em extinção.     A água é um recurso natural limitado, ou seja, mesmo sendo abundante no país, é uma fonte finita e que deve ser preservada. Em contraste, o uso indiscriminado dessa substância cresce de forma gradativa e exponencial. A ação do homem é um dos fatores contribuintes para a falta de chuva,  que deixa de reabastecer os rios. Na contemporaneidade, constata-se que sua disposição no país diminuiu consideravelmente e lugares como São Paulo já vivem os reflexos da crise. Esse decréscimo na concentração de água no Brasil é um dos fatores que culminam no atual problema de escassez desse recurso.      Como herança do hedonismo, traço do Renascimento, as pessoas passaram a buscar apenas a satisfação individual, tornando-se egoístas. Com a inserção do modelo capitalista na sociedade, esse egoísmo passou a estar relacionado com a busca pelo capital. Nesse contexto, nota-se que os indivíduos do século XXI apresentam como características esse e aquele sentimentos, como pode ser percebido no uso da água de forma exacerbada para obtenção de dinheiro , ou seja, a utilização da água como ferramenta monetária, e não mais como a fonte essencial da vida. Na busca incessante pelo capital, tal substância inorgânica encontra-se cada vez mais explorada e consequentemente esgotada.     Segundo o revolucionário Friederich Engels ''Um grama de ação vale mais que uma tonelada de teoria.'' Nesse sentido, surge a falta de rigor do governo perante a questão hídrica, que possui a Política Nacional de Recursos Hídricos, mas que apresenta falhos aplicabilidade e gerenciamento. Faz-se necessário por parte do Estado, a criação de programas e campanhas que incentivem a importância da preservação desse bem, como descontos na conta de água para aqueles que diminuírem o consumo consideravelmente. Além disso faz-se necessário também, a criação de propagandas midiáticas, visto que essa é a maior ferramenta persuasiva, que retratem e propaguem o incentivo à preservação desse recurso limitado e finito. Por parte da população, cabe a reflexão sobre o provérbio que diz: ''Só percebemos o valor da água, depois que a fonte seca.''