Enviada em: 18/09/2017

Durante a formação das primeiras sociedades humanas, a região conhecida como "crescente fértil" pelos nativos da região, era tida como um lugar sagrado, pois somente devido a dadiva do rio Nilo, foi possível que povos se desenvolvessem ali. Entretanto, o homem atual parece não dar o mesmo valor aos seus recursos hídricos, visto que consumo exagerado, aliado a poluição das fontes atuais da origem a um dos maiores problemas do nosso século: A escassez de água.  Mormente, cabe salientar os motivos para o agravamento dessa crise por todo o país. Devido a fenômenos acentuados pelo homem, como o "el niño" e a "la niña", o ritmo de chuvas vem se tornando cada vez mais irregular, aliado a isso, o crescimento da agropecuária e da agricultura no Brasil demandam um consumo cada vez maior desse recurso. De acordo com o IBGE, desde 2003 a população de bois e vacas já supera a humana, tendo chegado a 195 milhões de cabeças nesse mesmo ano. Nesse sentido, fica claro que o baixo controle pluvial, e a monotonização desses recursos para o setor primário, são os principais agravantes dessa crise. No entanto, o desequilíbrio hídrico não é uma novidade para todas as regiões brasileiras. Em "Vidas secas", o autor Graciliano Ramos retrata a vida miserável de uma família de retirantes nordestinos, obrigada a se deslocar de tempos em tempos devido a seca. Fora da literatura, essa não é uma realidade incomum, sendo de conhecimento geral que a região nordestina é a mais castigada pela estiagem. De acordo com o jornal G1, em abril de 2017 a Bahia possuía 218 dos 417 municípios em situação de emergência por estiagem. Portanto, fica clara a urgência da preservação desse recurso, e a sua importância. Nesse sentido, medidas são necessárias para solucionar o impasse. Cabe ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a função de regular o consumo de água destinado aos grandes latifúndios brasileiros, garantindo que não ocorram desperdícios. Aliado a isso, o Ministério da Educação em parceria com o da Comunicação deve criar cartilhas e palestras a serem distribuídas à população, visando conscientiza-los da importância da  preservação desse recurso para as próximas gerações. Por fim, pode-se discutir a aceleração de projetos como a transposição do rio São Francisco e a busca de medidas alternativas para resolver a crise sertaneja, só assim, garantiremos a acesso a todos, desse recurso tão importante para a manutenção da vida.