Enviada em: 29/05/2018

A incessante luta    Em 1983, Maria da Penha Fernandes sofreu uma tentativa de homicídio de seu conjugue, que acarretou em uma paraplegia. Ao retornar ao seu domicílio, o mesmo tentou eletrocuta-la, porém não obteve sucesso. Inevitavelmente, ao analisar a história de Maria, é perceptível a semelhança com milhares de mulheres brasileiras que sofrem violência doméstica e familiar diariamente, sendo ela física ou psicológica. Ademais, esses mesmos crimes consequentemente acarretam ao feminicídio, que aumentou na ultimas décadas.    No contexto social vigente, é percebível as consequências históricas na sociedade brasileira, pois a alguns séculos as mulheres eram consideradas propriedades de seus maridos, pais ou irmãos, e assim eram oferecidos dotes para possui-las. Eventualmente o papel delas sempre foi definido, organizar e cuidar do lar e filhos, sendo proibidas de votar ou trabalhar fora de casa. Mesmo que, ao decorrer dos anos esses direitos fossem conquistados, o ideal patriarcal e o ensinamento a submissão são repassados até os dias atuais, acarretando um machismo cultural e consequentemente a violência contra a mulher. Como citou o filósofo Émile Durckheim, "o homem mais do que formador da sociedade, é um produto dela''.   Em suma, para que esse problema tenha uma solução a longo prazo, o Ministério da Cultura deve investir em palestras e sarais que mostrem a importância da mulher na sociedade e o machismo existente. O mesmo também poderia criar programas sociais em escolas com leituras de livros escritos por mulheres e debates com professores sociólogos que explicassem o real problema, assim incluindo os pais para que em casa, uma educação antimachista e libertadora seja criada. Por outro lado, o Ministério da Segurança Pública deve oferecer auxílio a mulheres que sofrem ou sofreram violência, dando apoio psicológico e médico e sempre buscar a justiça, punindo seus agressores.