Enviada em: 15/10/2018

Segundo o IBGE, as mulheres são maioria numérica no Brasil. No entanto, embora a Constituição Nacional preveja a igualdade entre gêneros, a baixa representatividade feminina no país faz com que esse grupo ainda seja considerado uma minoria social. Reflexo disso, é a violência contra a mulher, que ainda persiste em níveis alarmantes na sociedade brasileira.       Isso ocorre porque a estrutura de nossa sociedade é demasiadamente paternalista, o que faz com que grande parte dos homens acreditem ter direitos superiores aos das mulheres. Além disso, a impunidade aos agressores compõe um dos fatores responsáveis pela manutenção dos elevados índices de violência. Vale destacar que, segundo o Conselho Nacional de Justiça, mais de 60% dos processos abertos por denúncias de violência doméstica entre 2006 e 2011 não foram julgados. Dado que demonstra por que esses índices permanecem elevados.       Nesse cenário, os movimentos feministas, apoiados na Lei Maria da Penha, lutam para garantir o direito à segurança às mulheres. Através do aumento da quantidade de denúncias à Secretaria de Políticas para as Mulheres, muitas prisões aos agressores puderem ser decretadas. Entretanto, percebe-se que a violência ainda permanece crescendo, sendo os agressores, muitas vezes, os próprios companheiros dessas mulheres.       Diante disso, é necessário que a luta pelos direitos femininos se intensifique. Para isso, é imprescindível que ocorram mais julgamentos dos processos abertos relacionados à violência doméstica por parte do Sistema Judiciário. Além disso, o fortalecimento de movimentos feministas através de redes sociais, como o "Facebook" pode ser uma forma de divulgar como uma possível agredida deve agir caso a violência ocorra. Dessa forma, o público feminino terá maior acesso à informação e a garantia de que medidas serão tomadas caso ela denuncie um violentador. Assim, a violência contra o público feminino será confrontada e o Brasil poderá caminhar para um cenário de equiparidade de gêneros.