Enviada em: 28/10/2018

Negligência       A violência contra a mulher é comum, contínua e fruto de uma sociedade machista, até mesmo por parte de mulheres, que são ensinadas desde cedo a se submeterem aos estereótipos infligidos. O feminismo, por exemplo, luta pelo direito de igualdade entre homens e mulheres, com o intuito de diminuir os casos de agressão contra a mulher e assegurar seus direitos. E apesar de leis existirem, como a lei Maria da Penha, os índices de mortes são enormes.       Mulheres são rebaixadas apenas por serem mulheres há muito tempo, e apenas recentemente vem ganhando espaço no mercado de trabalho e política. Exemplificando, o sufrágio feminino que apenas veio a ocorrer no Brasil em 1932, assinado pelo presidente Getúlio Vargas. Mulheres eram consideradas apenas donas de casas que cuidavam dos filhos e mantinham a casa em ordem, impedidas de trabalharem e excluídas de assuntos políticos. E tal fato faz com que a sociedade conservadora seja machista, inferiorizando a mulher e, para alguns, vista como um objeto de prazer ao homem, dado o fato de que parte dos ataques vem de companheiros da vítima ou prévios relacionamentos.       Além disso, nos processos que envolvem a lei Maria da Penha, 66,6% dos casos não são julgados e não há punição aos agressores. Algumas mulheres que sofrem agressões são coagidas e ameaçadas pelos homens a não denunciarem, dificultando que as punições ocorram, de fato. Ao mesmo tempo em que são culpadas e julgadas pelas agressões, casos de denúncias a violência contra a mulher são negligenciados e ignorados. Há também relatos de mulheres que foram mortas por vingança por aqueles que foram julgados e presos, e assim que libertos viram uma oportunidade para tal atrocidade.        Infere-se, portanto, que a mulher é rebaixada socialmente e tratada com indiferença, na maior parte dos casos, quando decide fazer um boletim de ocorrência. Assim o índice de resoluções dos casos é mínimo e com pouca proteção à mulher, gerando medo e hesitação. É preciso que o governo, com ajuda do Ministério da Segurança Pública, crie medidas de proteção às mulheres e auxílio nas denúncias emitidas e, com ajuda das escolas, conscientizar os jovens sobre a igualdade de gênero e diminuir o machismo presente na sociedade e, com isso, a violência contra a mulher.