Enviada em: 24/04/2019

"o olhar de quem odeia é mais penetrante do que o olhar de quem ama" essa frase do pintor renascentista Leonardo da Vinci é muito pertinente quando se trata da violência contra a mulher e como ela se perpetua na sociedade brasileira. A exploração sexual e o assédio moral são exemplos de violações que muitas mulheres sofrem diariamente no Brasil. Por isso, medidas devem ser tomadas para resolver estes problemas.  Em primeiro lugar é fundamental ressaltar que a exploração sexual pode acontecer de diversas formas: estupro, prostituição, turismo sexual e tráfico de mulheres são algumas delas. Entretanto, o estupro é a forma mais presente no Brasil ,pois segundo o fórum brasileiro de segurança pública o país tem, em média, 135 casos de estupro por dia e apenas 2% dos agressores é punido.Outro dado importante é que 74% dos agressores são membros da família da vítima, como mostrado no filme "fragmentado" onde a protagonista é abusada sexualmente pelo próprio tio.Dessa maneira, esses dados evidenciam que as políticas de proteção à mulher não são totalmente eficientes e precisam abranger ,também, o âmbito familiar.   É importante lembrar, ainda, que o assédio moral também é uma forma persistente de violência contra a mulher. No livro "procuram-se super heróis" a autora , Bel Pesce relata que foi vítima de humilhação e violência psicológica no local de trabalho e de diferenças salariais apenas por ser mulher, caracterizando o assédio moral. No Brasil, muitas mulheres sofrem do mesmo problema por não saberem dos seus direitos e pela falta de fiscalização em empresas privadas, pois segundo dados da fundação de economia e estatística, as mulheres recebem, em média, 20% que os homens e encontram mais dificuldades para conseguir uma promoção nessas empresas.  Por conseguinte, entende-se que é primordial que o Governo invista na melhoria dos sistemas de proteção às mulheres, por meio da criação de uma força tarefa especializada na busca e apreensão de estupradores, para que o percentual de agressores punidos possa aumentar e a criação de um site ou aplicativo para denunciar abusos sexuais no âmbito familiar de forma simples e objetiva, para que as mulheres denunciem sem precisar sair de casa.De maneira análoga, é imprescindível que o Ministério do trabalho crie multas fiscais de alto valor para empresas privadas que forem acusadas de diferenças salariais entre gêneros e mídia brasileira evidencie os direitos da mulher no local de trabalho, para que elas saibam do que se trata assédio moral e ,assim, o olhar de quem as odeia não seja mais penetrante.