Enviada em: 27/06/2019

No Brasil Imperial, há séculos atrás, a mulher era colocada em um posição de inferioridade e submissão por parte da sociedade, a qual não permitia que elas estudassem, pois deveriam, exclusivamente, cuidar da casa e dos filhos, enquanto o homem trabalhava e liderava a família. Hodiernamente, essa cultura machista ainda está presente na sociedade e apesar de terem conquistado o direito à educação, ainda ficou muitos outros problemas. A violência contra a mulher, no Brasil, é um deles, que persiste principalmente pela ideologia patriarcal machista que afirma comportamentos ofensivos e também pela ineficiência do Estado em resolver os processos jurídicos, o qual contribui para a continuidade desta problemática.  Em primeiro plano, tem-se o conceito de “Banalidade do Mal”, proposto pela filósofa Hannah Arendt. Segundo tal pensadora, alguns valores e comportamentos na sociedade considerados comuns- pela sua reincidência-, tendem a se perpetuar, pois os indivíduos passam a vê-la como algo normal e aceitam sem refletir racionalmente. Dessa maneira, comprova-se que a violência contra mulher persiste, principalmente, por consequências de uma formação moral deturpada, a qual não instigou o senso crítico e a racionalidade para posteriormente gerar uma noção de igualdade de gênero, importante para erradicar o machismo. A falta de uma boa formação corrobora indiretamente e a longo prazo para o aumento do índice de agressões – físicas, psicológicas e morais- contra esse grupo.  A segundo plano, verifica-se a ineficácia do governo – mais especificamente do poder judiciário- em solucionar os processos encaminhas da Delegacia da Mulher. De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 5 anos, cerca de 110960 processos não foram solucionados. Nesse contexto, a incapacidade do Estado fomenta os transgressores a continuarem cometendo crimes – por causa da grande impunidade- e tira a melhor arma das vítimas, a justiça, sem esse suporte a figura feminina no Brasil ainda será alvo de injustiças.  Portanto, é mister que o Ministério da Cultura e Educação (MEC) crie nas escolas públicas e privadas, onde estão os futuros cidadãos, campanhas e projetos para instigar a ideia de igualde de gênero, a empatia e o acolhimento das diferenças como algo positivo e necessário para o desenvolvimento coletivo e pessoal, através de aulas pelo menos 1 vez a cada duas semanas para os maiores de 16 – idade em que já se tem um pensamento mais concreto e crítico- e aos menores de 16,uma vez por semana. Será uma aula de diálogo ou brincadeira lúdica entre professores e alunos, que procure mitigar o pensamento machista enraizado, de modo a deixar claro questões de gênero e desconstruir de forma racional pensamentos errôneos.Dessa forma,espera-se a longo prazo eliminar a problemática.