Enviada em: 23/08/2019

Na clássica novela ''Gabriela", a personagem Sinhazinha Mendonça sofre constantes agressões do marido. De fato, casos como o da Sinhazinha não se limitam á cenários fictícios. Nesse sentido, a violência contra a mulher persiste na sociedade brasileira e faz-se urgente o combate a ela. Fica notório que essa resistência está relacionada a normalização desse tipo de atitude e a ineficiência do poder judiciário contribui para que o problema permaneça.    A priori, a base do Brasil colonial era o patriarcalismo, sistema no qual o homem era chefe da casa e mantinha as mulheres sob seu controle para não manchar a honra do lar. Nessa lógica, é correto afirmar que a violência contra a mulher está presente nos pilares da formação do país. Segundo Nelson Mandela, politico e ativista sul-africano, "para odiar, as pessoas precisam aprender". Logo, se presume que a violência de gênero foi ensinada entre as gerações até se tornar enraizada.    Ademais, os casos denunciados muitas vezes não são julgados, o que faz crescer um cenário de descrença no sistema judiciário e diminui o medo do agressor em responder pelo crime que cometeu. Prova disso é que, de acordo com o mapa da violência do Brasil, dos 332.216 processos com base na lei Maria da Penha, menos da metade foram á julgamento. Percebe-se então, certa urgência na adoção de medidas que trabalhem esses problemas na sociedade brasileira.     Torna-se evidente portanto, que histórias como a da Sinhazinha não podem continuar sendo reflexo da sociedade brasileira. Assim, para que a violência contra a mulher deixe de persistir no país, é necessário que o Governo Federal, com ações Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, influencie a população, por meio de campanhas onlines e na mídia tradicional, a realizar denuncias contra os agressores. Além disso, tribunais especializados, por intermédio de ações investigativas da polícia, punir as pessoas que praticam crimes de gênero, visando cumprir a lei e servir de exemplo. Enfim, a partir dessas ações, a figura feminina passará a ser respeitada no Brasil.