Enviada em: 16/05/2017

No século XX, movimentos feministas tiveram sucesso em modificar o status da mulher e, desde então, pode-se observar uma tendência contra a discriminação de gênero. Além de conquistas políticas como o voto, redefiniram-se normas gerais de vestimenta, conduta e trabalho. Entretanto, injustiças persistem, visíveis, por exemplo, na menor presença feminina em posições de liderança e na violência de gênero que sofrem.  Em primeiro lugar, apesar dessa posição mais favorável na sociedade, o machismo ainda está presente em comportamentos e opiniões e mudar essa consciência ainda é prioridade, pois muitas pessoas são coniventes com os abusos por considerarem-lhes naturais. Por exemplo, é comum que crimes de estupro sejam relativizados e que a vítima seja de alguma forma culpada pelo que sofreu. Isso indica que mudanças legais não são suficientes e que a situação só será revertida ao superarem-se essas ideias conservadoras.  Para coibir agressões e assédios a mulheres é fundamental a responsabilização criminal dos perpetradores, mas justamente quando a lei é o método necessário ela muitas vezes se prova ineficiente. Medidas como a tipificação do crime de feminicídio, a lei Maria da Penha, a rede de Delegacias da Mulher, foram todas avanços. Contudo, elas esbarram em burocracias do Estado, que atrasam as respostas legais, e barreiras sociais como a dependência econômica e em preconceitos, impedindo denúncias. Enfim, é elementar para resolver o problema que se desafie os pensamentos retrógrados que homens e mulheres brasileiros ainda têm. Para tal, escolas, o governo, os meios de comunicação e ONGs devem informar incansavelmente sobre as estatísticas e sobre as consequências da violência contra a mulher no Brasil, e questionar comportamentos enraizados na cultura brasileira. Assim será possível atingir os níveis de igualdade que alguns países europeus obtiveram, países os quais que mostram índices de satisfação com a vida mais elevados, e finalmente respeitar os direitos básicos das mulheres brasileiras.