Enviada em: 06/07/2017

Já afirmava Claude Lévi-Strauss ‘O mundo começou sem o homem, e poderá acabar sem ele’, essa perspectiva a sociedade presencia um paradoxo, a utopia da igualdade, em contrapartida, com a opressão de gênero. Dessa forma, surge a problemática da persistência da violência contra a mulher, vigorando, ligada intrinsecamente ao pensamento humano, seja pela lenta mudança na mentalidade da sociedade, seja pela ineficácia ou inexistência de uma legislação que ampare a mulher.       É indubitável, que a questão constitucional seja fator súpero sustentáculo da problemática. Para Aristóteles, a política por intermédio da justiça deveria trazer harmonia a sociedade e ao indivíduo. De forma análoga, tal pensamento aristotélico é rompido, haja vista que, com o pouco rigor da Legislação, os agressores ganham seguranças em suas ações. Não obstante, a vítima com pouco amparo, teme procurar ajuda, sabendo que essa será passageira, e de pouco auxílio.        Outrossim, atrela-se ao paradoxo a lenta mudança na mentalidade social. Para Durkheim, o fato social é definido como coercivo, generalizado e recorrente ao longo do tempo. Nesse âmbito, a persistência atual das agressões contra a mulher se ligam a um universo de outrora, ontem a ideologia predominante era do egocentrismo masculino, concomitante ao sempre desrespeito ao indivíduo feminino. Todavia, só com o fim desse fato, a mulher será vista como igual.        Infere-se, portanto, a necessidade de mudanças governamentais e sociais. O governo, em principal, o poder Legislativo, deve criar, manter ou tornar mais rigorosas, leis que assistam o público feminino. Em conjunção o poder Executivo deve construir delegacias especializadas nesse tipo de crime, visando o atendimento mais rápido. Contudo, o mesmo poder, ainda deve interferir em escolas de nível médio e fundamental, com palestras e reforços nas aulas de sociologia, de modo a orientar o público jovem sobre a igualdade de gênero. Desse modo paulatinamente, o fato social terá seu fim, ressurgindo o equilíbrio aristotélico.