Enviada em: 14/08/2018

Em "a república" Platão retrata uma sociedade ideal e harmônica, onde o respeito ao credo do outro é visto como fundamental para se encontrar o que ele chama de "felicidade". Paralelamente à isso, no Brasil contemporâneo, a violência e a intolerância religiosa, persistem intrinsecamente ligadas à realidade do país; seja pela a ausência de fiscalização governamental em punir os infratores ou pela visão segregacionista enraizada na sociedade.                      É indubitável  que a questão constitucional  e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo Albert Camus, não há ordem sem justiça. Seguindo essa linha de raciocínio, percebe-se que, no território Brasileiro, se faz evidente que o Estado precisar aplicar os seus deveres constitucionais e punir os infratores. Haja vista que, segundo dados da Folha de São Paulo, o Brasil possui ao menos 15 denúncias por dia de casos de austeridade ao sagrado no país, onde apenas 10% dos casos são solucionados. Sendo assim, se faz imprescindível, maiores punições e sobretudo fiscalizações a tais atos.           Ademais, vale ressaltar o etnocentrismo como impulsionador do problema. O filósofo Durkheim, determina que o nosso egoísmo e ódio, é em grande parte, produto da sociedade. De acordo com esse pensamente,  o sodalício, no País, com visões segregacionistas ao credo do outro, geram uma ruptura no tecido social, alavancando o repúdio ao diferente. Um exemplo disso, foi a manifestação que ocorreu em 2017 na avenida paulista, que segundo a revista veja, reuniu cerca de 3.000 pessoas que marcharam em prol da xenofobia aos diferentes credos.    Portanto, cabe ao Ministério da Educação e Cultura (MEC) instituir palestras e atividades culturais, demonstrando as tradições de povos de diferentes culturas, visando maior inclusão dos seus costumas na sociedade. Além disso, cabe ao governo federal, a criação de leis, com o objeto de fazer valer o respeito a todas as religiões, e, assim, estabelecer a harmonia no seio social, contemplando, por fim, o ideal de Platão.