Enviada em: 27/08/2018

A religião sempre foi um aspecto importantíssimo na vida do homem, desde a Pré-História até os dias de hoje, e configura-se como o ato de crer em algo ou alguém, como exemplo os povos incas, que cultuavam os astros, e os budistas que acreditam no Buda. É de conhecimento geral que existem diversas religiões espalhadas pelo mundo, vivendo juntas ou separadas, e no caso de estarem juntas, é possível perceber que sempre há discordâncias quando duas ou mais ideologias se relacionam, e isso é bastante evidente no Brasil, onde a cada três dias surge uma nova denúncia relativa à intolerância religiosa.      O histórico de intolerância do Brasil começou há bastante tempo, em 1500, na época da colonização, quando os portugueses chegaram aqui com os objetivos de encontrar metais preciosos e locais para disseminar a fé Católica, já que esta estava perdendo seu poderio na Europa. Com essa visão, padres católicos, os jesuítas, não se importaram com as crenças dos índios, que aqui já estavam e utilizaram peças teatrais para catequizá-los, porém, no Brasil colonial houveram diversas invasões, dentre elas:francesas, holandesas , italianas etc, e juntando tudo isso com a vinda de escravos africanos para cá , o país ficou habitado por diversas etnias, raças e religiões, o que acabou nos dando o título de país miscigenado e contribuindo para o conflito entre religiões.      Apesar de estar presente na Constituição que o Brasil é um país laico, ou seja, onde a liberdade de culto é garantida, a realidade não prova isso, pois o preconceito à religião chega ao ponto de agressão física, sendo essa discriminação praticada principalmente em seguidores de religiões afro-brasileiras. Expressões como: "Chuta que é macumba" e "Terreiro de Pomba Gira", tidas como tão normais e cotidianas, são só mais uma prova de como a intolerância religiosa está arraigada na nossa cultura.      Além de respeito à doutrinas alheias, é de suma importância saber distinguir o eixo religioso do eixo político e social, o que não vem acontecendo no Brasil, pois uma grande quantidade de líderes político-religiosos vem tomando partido em decisões sérias na Câmara Federal, deixando sem voz outros grupos sociais.       Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse, medidas essas que seriam bem mais eficazes se começadas da infância, com os pais das crianças ensinando o devido respeito e aceitação às mesmas; também por parte do Ministério da Educação, através de palestras e campanhas nas escolas, mostrando a realidade das outras religiões para que haja o devido reconhecimento e valorização, e, para perceber que as demais religiões fazem do nosso país um símbolo de cultura e pluralidade .