Enviada em: 28/08/2018

Segundo Platão: "O importante não é viver, mas viver bem”. Para o filósofo, a qualidade de vida tem tamanha importância que supera a da própria existência, essa ideia está muito distante da realidade de praticamente todas as pessoas que tentam viver conforme algum tipo de ensinamento religioso no Brasil, pois sofrem de constante desrespeito. Tal problemática ocorre porque tanto a justiça é ineficaz em punir quem pratica tal discriminação quanto à estrutura curricular escolar deixou de estar preparada para trabalhar questões sociais em sala de aula.         É notória a incompetência da justiça brasileira ao combater crimes de ódio, mesmo os mais violentos, haja vista um infográfico publicado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, o qual informava que 20% dos casos de intolerância religiosa envolveram violência física. Dados do portal de notícias G1 apontam que apenas 0,8% dos crimes violentos no Brasil são plenamente solucionados, informações que mostram uma clara ineficácia para punir contravenções em território nacional.         Além do mais, no que diz respeito à educação social, o Presidente da República Itamar Franco sancionou em 1993 uma lei que extinguia do ensino nas escolas o tema Educação Moral e Cívica, estudo que fazia parte do currículo escolar desde 1940. Tal matéria tinha o objetivo de auxiliar a família na orientação dos jovens sobre questões sociais. Com o seu fim, a escola básica passou a ter como único objetivo preparar o aluno para o ensino superior, tornando-a incapaz de ajudar a família a afinar o comportamento do estudante diante da sociedade, ou seja, temas como combate ao preconceito deixaram de ser discutidos em sala de aula.        Torna-se evidente, portanto, a necessidade de uma tomada de medidas que tornem o cidadão mais condescendente nesse quesito. No tocante a impunidade, faz-se necessária uma intervenção do Governo no Sistema Judiciário como um todo, por meio de novas leis que deem mais autoridade principalmente a polícia, a fim de reprimir ações de contraventores e assim dar mais segurança aos religiosos. Relativo à questão escolar, o Ministério da Educação deve agir por meio da mídia para fazer campanhas antiviolência, e nas escolas, criar uma lei que una ao currículo, palestras para toda a sociedade com a finalidade de educar a todos, combatendo a intolerância religiosa no Brasil.