Enviada em: 11/10/2018

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, decretada pela ONU, em 1948, garante a todos os indivíduos o direito à segurança e ao bem-estar social. Hodiernamente, a intolerância religiosa no Brasil impossibilita que uma parcela da população desfrute desse direito universal na prática. Nesse sentido, é preciso entender suas verdadeiras causas para solucionar esse problema.   Em primeiro lugar, é indiscutível que a questão cultural e social esteja entre as causas do problema, visto que, mesmo o Brasil sendo um Estado laico, existe ainda a ideia de que há uma religião superior a outra e que deve ser seguida por todos, gerando muitos conflitos que levam a violência, não só verbal, mas também física. Segundo a Secretaria de Direitos Humanos, foram registradas mais de 200 denúncias de discriminação religiosa, entre os anos de 2011 a 2014.  Além disso, destaca-se o preconceito religioso como impulsionador do problema. De acordo com o psicólogo Sigmund Freud, o homem é fruto do meio em que vive. Segundo essa linha de pensamento, observa-se que uma pessoa limitada à religião do meio em que é inserido, acaba julgando e até mesmo ameaçando a crença do próximo. Assim, uma mudança nos valores da sociedade é necessária para combater mentes retrógradas.   Portanto, visando diminuir o preconceito religioso, é preciso quebrar barreiras ideológicas e, para isso, cabe ao Governo Federal com a ajuda da mídia, divulgarem conteúdos informativos e didáticos, através de comunicação com fácil acesso, sobre diversas práticas religiosas, expandindo o conhecimento das pessoas. Em paralelo, as escolas devem instituir palestras para jovens e adultos, ministradas por professores e psicólogos, a fim de debater sobre essas diferentes religiões e também sobre o respeito a elas.